No pronunciamento mais aguardado do evento, o governador Mauro Mendes (DEM) defendeu, nesta sexta-feira (18), em Gurupi (TO), agricultura em áreas indígenas. “A vontade dos povos indígenas é melhorar a nossa vida e, para isso, nós também queremos o progresso”, observou ele mato-grossense.
Mendes também cobrou a ampliação do debate para a construção da TO-500, que deve complementar a BR-242, passando pela Ilha do Bananal, e chegar até São Félix do Araguaia (MT), a 1,16 quilômetros de Cuiabá.
Mauro Mendes afirmou que a construção da rodovia encurtaria em cerca de 900 km a distância entre os dois estados, contribuiria para o escoamento de grãos.
“Está tornando realidade um dos grandes sonhos do Araguaia, que é melhorar a logística. Teremos naquela região uma das grandes produtoras do agronegócio do estado, que é o maior produtor do país”, ressaltou.
Segundo o governador, a grande dificuldade do agronegócio no estado ao longo dos anos foi a logística.
“Durante muitos anos o Araguaia foi conhecido como ‘Vale dos esquecidos’. Há poucos anos, a agricultura começou a chegar na região e hoje é conhecida no estado como ‘Vale das grandes oportunidades’”, disse.
O governador também avaliou que a rodovia poderia unir Mato Grosso e Tocantis e torná-los uma das economias mais fortes do país.
Outro ponto destacado por Mauro Mendes é a valorização e melhora na qualidade de vida dos indígenas da região do Araguaia.
“Vamos trazer riquezas e melhorar as condições de vida dos indígenas. Eles [índios] sempre dizem que querem ser independentes, querem produzir e gerar riquezas. A vontade dos povos é melhorar a nossa vida e para isso nós também queremos o progresso”, declarou.
Durante o discurso, o governador destacou a região como exemplo para outros povos, pois os índios possuem mais de 1 milhão de hectares e plantam em apenas 10 mil hectares, sendo mais de 90% preservado.
O primeiro secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual Max Russi (PSB), defendeu a integração total do Vale do Araguaia: Mato Grosso, Goiás, Tocantins e Pará. “Somos um povo só e é essencial que haja tratamento igualitário”, pontuou Max Russi.