Deputado Barranco, seja presidente, não advogado do irmão, usando seu cargo de direção, para salvar a pele dele e induzir a militância e opinião pública a erro.
Não destrua a imagem do partido dessa maneira, passando a mensagem que o PT de Mato Grosso é conivente com crimes e se esforça para jogar panos quentes sobre a atuação de delinquentes, que atentaram contra a honra e dignidade dos filiados de Terra Nova do Norte/MT, fraudando suas assinaturas no dia da eleição.
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O presidente de um partido que recebe por um ou mais dos seus filiados, jamais poderia vir a público e dizer que não é mais o caso de serem avaliados os eventos delituosos, inclusive tipificados no Código Penal, de ocultação de documento privado, no caso a lista de presença dos votantes em eleição interna, até o término do prazo para interposição dos recursos às instâncias partidárias, depois descoberto, quando disponibilizada intempestivamente, que a manobra serviu para impedir o flagrante de outros crimes, antes dos prazos recursais, de falsidade ideológica por atacado, fraudando inúmeras assinaturas da lista de presença, já devidamente comprovado, por diversos meios de prova.
Ele deveria dizer que o caso seria apurado com todo rigor, pela Comissão de Ética, bem como reconhecer o óbvio, que fatos novos podem ser comunicados no processo a qualquer momento, principalmente na esfera do duplo grau de jurisdição.
Então, deputado estadual Valdir Barranco, se não for para se posicionar enquanto presidente do PT/MT, com isenção e sem ridicularizar a instituição, ao invés de usar o cargo para atuar como advogado do irmão, Claudemir Barranco, presidente municipal do PT de Terra Nova do Norte, principal suspeito da sucessão delinquente operada, eis que foi o presidente da mesa no dia da votação, fiel depositário da lista fraudada de cabo a rabo, então que reconheça sua suspeição pelo laço de parentesco e deixe que a vice-presidente estadual do partido se pronuncie.
Não é porque sou filiado no PT que serei conivente com fatos tão graves, que já deveriam ter causado a anulação do PED na cidade, instauração de processo disciplinar para expulsar os criminosos, além de para averiguar se houve formação de quadrilha e representação perante a autoridade policial e ministerial, a fim de avaliarem se não é caso de cadeia, inclusive de prisão preventiva, eventualmente pela hipótese de intimidação das vítimas que tiveram suas assinaturas grosseiramente fraudadas.
É um descalabro e foi escandaloso o que ocorreu em Terra Nova do Norte.
Não houve pudor, somente absoluta inconsequência e convicção da impunidade, talvez pelo suspeito número 01 ser irmão do presidente estadual, os irmãos Barrancos, quiçá orientado por ele desde o início.
*PAULO LEMOS MELO DE MENEZES é advogado especialista em Direito Público, professor universitário atualmente de Filosofia-Geral e Filosofia-Jurídica, articulista de opinião e palestrante; só que, principalmente, alguém que não deixou o cérebro descer para o intestino.
E-MAIL: paulolemosadvocacia@gmail.com