Lançando luz sob o potencial das cidades históricas brasileiras, a Casa do Centro presenteia Cuiabá com um inédito festival de artes visuais e cultura popular. Em comemoração ao tricentenário da capital, uma programação multicultural e gratuita tomará conta da tradicional Praça da Mandioca e imediações entre os dias 16 e 19 de outubro, de quarta a sábado, das 17h às 22h.
Em meio a ruelas e casarões cuiabanos, a 1ª edição do “Festival Trezentos – É Com Mandioca” convida o público a prestigiar a produção fotográfica da terra para além das galerias. Projeções, performances e intervenções urbanas lançam reflexões atuais sobre invisibilidade social, diversidade e o meio ambiente.
O evento contará com Feira de Gastronomia, Artesanato, Sustentabilidade e Moda durante os quatro dias com empreendedores da economia criativa da região.
Somam às artes visuais uma diversidade de expressões artísticas, como poesia de rua, música autoral e apresentações de dança e teatro individuais e coletivas. Oficinas e roda de conversa propõem espaços de formação e trocas sobre a arte de fotografar.
Os poetas Slam do Capim Xeroso, os atores André D’Lucca e Ivan Belém – este último, com performance em homenagem a Liu Arruda –, os músicos Amauri Lobo, Caio Mattoso, André Balbino, Hend Santana e o duo Allan House e Mississipi Jr são algumas das atrações. A tradicional banda de lambadão Styllus Pop Som agita a praça no show de encerramento, em um retorno histórico.
O “Festival Trezentos” é realizado em parceria com moradores e associações da Praça da Mandioca e tem patrocínio da Prefeitura de Cuiabá, através do Edital do Fundo Municipal de Apoio e Estímulo à Cultura 2019, da Secretária Municipal de Cultura Esporte e Turismo e do Conselho Municipal de Cultura.
O projeto também tem apoio da Maratona Fotográfica, Rolê Fotográfico, Fotos MT, Projeto Verde Novo, Grupo de Teatro Cena Livre, Projeto Verde Novo, Sesc MT e Senac.
“A arte onde o povo está”
De acordo com o fotógrafo e idealizador do projeto José Medeiros, além de criar novas oportunidades de entretenimento e renda, a ideia do evento é atrair os olhares da população para o Centro, seus casarões, suas histórias e populações, desmistificando qualquer imaginário negativo da região. Além disso, o evento se posiciona pela preservação dos bens materiais e imateriais da cultura cuiabana e mato-grossense.
“A ideia é levar a arte onde o povo está: na rua. Ensinar a enxergar o que as vezes passa despercebido, com arte de rua, performances simultâneas e improviso”, destaca. Gerando oportunidades e valorizando a identidade regional, a intenção é consolidar como uma atração anual para atender uma demanda crescente de mercado sustentável, alternativo e autoral.
José Medeiros acumula 30 anos de experiência retratando o tempo, as manifestações culturais brasileiras e os saberes de povos tradicionais, atualmente, em suas andanças produz o projeto comemorativo @expedicao300. Sua participação em festivais realizados nos centros históricos do país o despertou para a oferta destes eventos, tendo como referência os festivais de Cinema de Gramado, RS, Literário e Fotográfico de Paraty, RJ, e Gastronomia e Fotografia de Tiradentes, MG.
“Mato Grosso pode estar nesse calendário, desenvolvendo o turismo aliado a diversos segmentos culturais. Esse é o eixo condutor do projeto; ser uma referência coletiva no Brasil Central”, complementa. Durante o Festival 300, o fotógrafo realiza a intervenção “Amazônia” e “Povo Nosso De Cada Dia” – está última, em conjunto com a fotógrafa Mari Gemma de La Cruz e o Grupo de Teatro Cena Livre.