O consumo da tâmara é bom para a saúde. É uma fruta rica em diversos minerais como potássio, zinco, magnésio, cálcio, fósforo e ferro. Conta também com altos níveis de fibras e uma vasta gama de vitaminas essenciais para o corpo, tais como as vitaminas A, K, a riboflavina (estimula a produção de sangue), a niacina (remove substâncias químicas tóxicas), o folato (síntese e reparação do DNA) e a tiamina (fígado saudável e beneficia os olhos, pele e cabelos).

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É uma fruta que cresce na tamareira, uma palmeira milenar. Existe um ditado árabe que diz: “Quem planta tâmaras não colhe tâmaras” isso porque as tamareiras levam de 80 a 90 anos para darem os primeiros frutos.

Certa vez um jovem encontrou um senhor de idade plantando tâmaras e logo perguntou: por que o senhor planta tâmaras se o senhor não vai colher?

O sábio senhor respondeu: se todos pensassem como você, ninguém comeria tâmaras. Cultive, construa e plante ações que não sejam apenas para você, mas que sirvam para todos.

Da mesma forma, o VLT é saúde. É um transporte ecologicamente correto que contribui para respirarmos um ar limpo. A tração é feita por motor elétrico e sua implantação tem baixo impacto na urbanização de seu entorno. Sua vida útil é de 30 a 40 anos, diferente do asfalto-ônibus-automóvel. Isso faz com que o custo de manutenção do VLT seja muito menor que o BRT. Além disso, o custo de implantação do VLT é bem menor que o do metrô.

Às vezes sou questionado por algumas pessoas pragmáticas com visão de curto prazo: por que não construir hospitais ao invés do VLT? Eu respondo sempre da mesma forma do sábio senhor plantador de tâmaras, mesmo sem ser sábio (longe disso): porque não queremos envelhecer nos hospitais, doentes, vítimas das partículas emitidas pelo dióxido de carbono dos ônibus poluentes. Nós desejamos, sim, envelhecer     com saúde, fora dos hospitais curtindo os netos.

Ao invés de construir hospitais temos que evitar que as pessoas fiquem doentes investindo na prevenção.

O baixo impacto na urbanização faz com que o VLT possa ser construído de forma a se integrar com projetos urbanísticos que podem não exigir a existência de ruas. O VLT pode, por exemplo, passar por dentro de um parque com calçadas sem afetar a circulação de pessoas e pode se integrar perfeitamente a áreas de trânsito de bicicletas ou outros modais. Pode, inclusive, deslizar sob a grama já plantada pela prefeitura municipal de Cuiabá em alguns locais. É uma evolução. Uma solução para novos tempos.

É preciso pensar como o semeador de tâmaras e planejar olhando para o futuro. Um futuro mais saudável e ecologicamente consistente.

VICENTE VUOLO é economista, cientista político e coordenador do Movimento Pró VLT Cuiabá-Várzea Grande.