Uma quadrilha especializada em clonagem de cartões gerou um prejuízo de mais de R$ 200 mil a vítimas de Barra do Garças, a 519 quilômetros a Leste de Cuiabá. A Polícia Juidiciária Civil de Mato Grosso constatou que  os estelionatários, por meio de telefone e aplicativos de mensagens, compravam materiais de construção e informavam nos números dos cartões das vítimas para efetuar a transação.

Na última semana, os investigadores conseguiram frustrar uma ação do grupo e apreendeu uma carga de 17 toneladas de produtos, adquiridas em uma loja da cidade. A carga foi calculada em R$ 61,2 mil reais.

A Polícia Civil descobriu ainda que na loja havia uma carga para ser entregue à quadrilha no valor de R$ 42 mil reais. Nem os vendedores, nem os proprietários da loja sabiam que estavam sendo vítimas de um golpe.

Segundo o delegado Wilyney Santana Borges, que conduziu as investigações, a suspeita é que grupo criminoso seja de Minas Gerais e esteja aplicando golpes em todo o país.

Ainda segundo as investigações, os estelionatários agem da seguinte forma: ligam para a loja, pedem para falar com um vendedor e, por meio de aplicativo de mensagens começam o processo de compra. Ao finalizar a aquisição do material pedem a nota fiscal e dizem que um prestador de serviço vai retirar os produtos no local.

Cargas são trocadas várias vezes de caminhão para não levantar suspeitas — Foto: Polícia Civil - MT

Cargas são trocadas várias vezes de caminhão para não levantar suspeitas — Foto: Polícia Civil – MT

A quadrilha então contrata um freteiro da cidade e para não levantar suspeitas, fazem o pagamento a eles por meio de depósito bancários. O prestador de serviço vai e retira o material. Posteriormente, o grupo avisa que a carga deve ser transferida de veículo porque o destino foi modificado.

Dessa forma, o caminhoneiro vai até o ponto de encontro indicado e transfere a carga para outro caminhão que, supostamente, levaria o produto até Goiânia. Lá, o golpista informa o freteiro que a carga será novamente transferida.

E assim, a carga vai rodando até chegar ao destino que, ainda não foi identificado pela polícia. Nessa ação, além dos proprietários dos cartões, os caminhoneiros e lojistas são considerados vítimas.

As investigações apontam de só em setembro, a quadrilho gerou um prejuízos de R$ 216 mil reais às vítimas. Até o momento, ninguém foi preso. A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso continua investigando o caso.

Argamassa, pisos e ferragens são os principais materiais adquiridos pela quadrilha — Foto: Polícia Civil – MT