A inusitada história de um velório foi a inspiração para o livro “Nonô Farol Baixo”, escrito pelo dentista Jander Ruela, recebeu apoio da Unicred Mato Grosso para publicação. A obra entregue ao Conselho de Administração da cooperativa, no dia 16 de setembro, retrata com humor o cotidiano e as peripécias de um personagem bizarro e seus encontros com personalidades de Cuiabá.
Selecionado pela Prefeitura de Cuiabá em primeiro lugar na lista de projetos culturais aprovados para 2019, o livro é um presente para os 300 anos da cidade e deverá estar ainda este ano nas livrarias da capital. Com o patrocínio da Unicred Mato Grosso, Ruela conta que os primeiros exemplares já puderam ser impressos. “Esse apoio é muito importante para podermos antecipar e já imprimir alguns livros, enquanto ainda não recebemos o prêmio da prefeitura. Sou imensamente grato por terem abraçado essa ideia”, diz.
Para o presidente da Unicred Mato Grosso, Ronivaldo Lemos, o incentivo à cultura e ao desenvolvimento do talento dos cooperados também faz parte da essência da cooperativa. “Por isso, continuaremos incentivando projetos como esse, que mostram o potencial dos cooperados para outras áreas, e, ainda, são um marco no aniversário da nossa capital. Desejamos que logo ele possa estar na casa dos cuiabanos, trazendo muita risada e também o resgate da Cuiabá antiga”, declara.
Natural de Aimorés, Minas Gerais, Ruela vive em Cuiabá há 40 anos onde atua como dentista. A inspiração para escrever surgiu com o relato de uma aluna de especialização, chamada de madrugada para atender um paciente para qual tinha feito uma dentadura.
“As filhas do senhor reclamaram que todo mundo sorria ao chegar na beira do caixão, enquanto o esperado era chorar. Quando ela chegou perto, percebeu o que tinha acontecido. Na hora de arrumar o corpo na funerária, inverteram a dentadura. Foi a partir daí que comecei a desenvolver a história, da morte de um cuiabano que, rio acima e rio abaixo, foi uma festa”, relata.
No velório do personagem Nonô, comparecem muitas personalidades de Cuiabá, todas igualmente falecidas, lembra o autor. Na obra tem, ainda, histórias das ruas de Cuiabá e a razão pelos seus nomes. “Foi uma alegria ser premiado pela inciativa da prefeitura e, agora, aguardamos a premiação para que a história possa ir para as livrarias”, conclui o escritor.