Considerado tão importante no futebol que deveria ser batido pelo presidente do clube, a penalidade máxima é uma punição extrema ao infrator e um bônus maior ao beneficiado. O ex-técnico do Botafogo-RJ, Antônio Franco de Oliveira, famoso frasista conhecido como Neném Prancha, cunhou a frase: “Pênalti é uma coisa tão importante que quem deveria bater é o presidente do clube”.

É incontestável o fato de que perder pênalti pode resultar em grande castigo. Exemplo disso é o Cuiabá EC que acabou sendo penalizado por não ter convertido nenhum de seus dois pênaltis na Série B. Contra o Sport, em jogo realizado no primeiro turno, na Arena Pantanal, o reserva Rincon chutou para fora em jogo que estava empatado em 1 gol. No último sábado, na Vila Capanema, o goleiro do Paraná, considerado o herói da partida, defendeu cobrança de Paulinho aos 42 minutos do segundo tempo e garantiu o empate sem gols. O saldo: dois pênaltis decisivos desperdiçados e quatro pontos perdidos em dois jogos.

Se tivesse convertido os dois pênaltis, o Cuiabá estaria com 36 pontos e teria subido para a quarta colocação, dentro do G4 da Série B e a apenas dois pontos de Coritiba e Atlético Goianiense que dividem a vice-liderança com 38 pontos. O líder é o Bragantino, que soma 41 pontos. Embora hoje esteja a apenas três pontos do G4 – o último é o Operário-PR que soma 35 pontos – com seus 32 pontos, o Dourado ocupa na nona colocação, bem próximo da parte de baixo da tabela. A equipe não tem um batedor oficial de pênalti e esse assunto deve entrar na pauta do clube esta semana.

Jogando bem, finalizando mal

Pênaltis perdidos à parte, o Cuiabá vem mostrando um futebol muito elogiado pela crônica nacional que, inclusive, colocou o time como uma das surpresas da competição e postulante a uma vaga na Primeira Divisão do futebol, em 2020. O Dourado de Mato Grosso realiza uma boa campanha desde a pausa da Copa América, quando, em 12 rodadas, perdeu apenas duas partidas – para o América e o Operário-PR – e conseguiu boas vitórias fora de casa – sobre o Vitória, CRB e Guarani. No retorno da Copa América, ainda está invicto na Arena Pantanal, pela segundona.

Após a nona rodada, com a chegada de reforços como Anderson Conceição, Paulinho, Jean Patrick, Gilmar e Rodolfo, o time ganhou mais força no ataque mostrando um futebol consistente mas que no entanto, vem pecando nas finalizações. Assim, em vários jogos, martelou, teve nítido domínio e criou as melhores oportunidades mas não conseguiu transformar as chances em gols.

Foi assim contra o Vila Nova, Criciúma, Operário-PR e com o Paraná. O saldo da falta de pontaria dos atacantes também incomoda: Nos últimos quatro jogos, o Dourado marcou apenas um gol – na derrota contra o Operário-PR – e nos demais, foram três empates em 0 a 0 (Vila Nova, Criciúma e Paraná). E quando a pontaria vai bem, surge a figura do goleiro. Diante do Paraná, o goleiro Thiago Rodrigues fez ao menos quatro grandes defesas, incluindo o pênalti, evitando a vitória do Cuiabá.

Ao falar sobre o desempenho do Cuiabá nas últimas partidas, o técnico Itamar Schulle bateu na tecla da finalização: “A equipe está apresentando um bom futebol, tem envolvido seus adversários, como no jogo contra o Paraná, quando ditou o ritmo e teve ótimas chances, mas o goleiro deles estava muito inspirado e não permitiu os gols. Poderia ter sido três ou quatro a zero para nós. Vamos procurar trabalhar o aprimoramento nas finalizações”, afirma o treinador que não adiantou sobre os cobradores de falta e pênalti.

O próximo desafio do Cuiabá pela Série B é o Oeste, em jogo marcado para este sábado (21), às 18 horas, na Arena Pantanal. Antes disso, nesta quarta (18), o Dourado enfrenta o Goiás, pelo jogo de ida das semifinais da Copa Verde. A equipe, inclusive, seguiu direto de Curitiba para Goiás, onde fará o confronto as 18 horas (horário de MT), no estádio Serrinha, em Goiânia.

De Curitiba, jogadores do Cuiabá seguiram diretamente para Goiânia, onde jogam nesta quarta pela Copa Verde