O Brasil e a Bolívia vão fortalecer as ações conjuntas de combate ao narcotráfico na região de fronteira, conforme prevê o documento de complementação básica ao acordo firmado em 1996, publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (16).
Mato Grosso possui 750 quilômetros de fronteira seca com a Bolívia e, nos últimos tempos, a maior parte do trabalho é executado pelo Grupamento de Fronteira da Polícia Militar (Gefron), o que é de suma importância, mas não é suficiente.
Existe a estimativa da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) de que mais de R$ 600 milhões em drogas e armas, entre outros produtos contrabandeados, passem todos os anos pela fronteira seca de Mato Grosso com a Bolívia. Mesmo com o trabalho do Gefron sendo intensificado, o aumento na presenta de forças federais é indispensável, para melhorar a fiscalização e até mesmo assegurar a soberania nacional, controlando de forma eficaz o fluxo de quem entra e quem sai do país.
Entre outras medidas, os dois países vão implementar o fortalecimento da capacidade operativa da polícia boliviana e da Polícia Rodoviária Federal, em suas atividades de fiscalização das rodovias; disponibilizar instalações e infraestrutura adequadas à execução das atividades de cooperação técnica; e troca de informações necessárias para a execução do projeto.
De acordo com o documento, os recursos para a execução das atividades previstas no projeto, poderão vir de “instituições públicas e privadas, de organizações não governamentais, de organismos internacionais, de agências de cooperação técnica, de fundos e de programas regionais e internacionais, que deverão estar previstos em outros instrumentos legais que não o presente ajuste complementar”.