Enquanto trava uma batalha sem trégua no Tribunal Superior  Eleitoral (TSE) para não ser cassada e manter o mandato, a senadora mato-grossense Juíza Selma Rosane Arruda vai trocar de legenda: deixa o PSL do presidente Jair Bolsonaro e se filia ao Podemos, na próxima quarta-feira. Ela entende que o DEM cresceu demais no governo Jair Bolsonaro, assumindo o controle de áreas estratégicas.

E, por conta disso, em seu entendimento, o PSL perdeu autonomia, ficando refém da maior agremiação de direita do Brasil.

Selma Arruda está insatisfeita há tempos no partido de Bolsonaro e o pomo da discórdia foi a pressão do PSL para que retirasse a sua assinatura  do requerimento para abertura da CPI da Lava Toga.

 

Em entrevista para o Estadão, Selma evitou citar nomes, exceto de Flávio Bolsonaro, e preferiu não entrar em detalhes “para ‘evitar crise’ e para não ‘respingar em Bolsonaro”.

Contudo, alertou   que o PSL se deixou dominar pelo DEM no governo. “Alcolumbre é DEM. Maia é DEM. Lorenzoni é DEM. Tereza Cristina é uma excelente ministra, mas é DEM”, advertiu a senadora mato-grossense.

Em um texto expondo sua troca, Selma ainda convidou as demais participantes do grupo PSL Mulher a acompanhá-la na troca de partido, dizendo que a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, quer fortalecer o quadro feminino do partido. Ela ainda exaltou o fato de o Podemos ter uma mulher como presidente nacional.

“Estou saindo do grupo, mas aguardo contatos no privado daquelas que quiserem me acompanhar”, disse a senadora.

O presidente regional do Podemos é o deputado federal José Antônio Medeiros. Ele é pré-candidato à Prefeitura de Rondonópolis, em 2020; e deseja Selma na briga pela Prefeitura de Cuiabá.