O técnico Fábio Carille disse na entrevista coletiva deste domingo que o Corinthians tem condições de brigar pelo título do Campeonato Brasileiro e da Copa Sul-Americana. O Timão chegou ao terceiro lugar do torneio nacional ao vencer o Atlético-MG por 1 a 0, na Arena, e está nas semifinais da competição internacional – vai enfrentar o Independiente del Valle, do Equador.
– Faltam 21 rodadas, isso dá 63 pontos, hoje são cinco de diferença (para Flamengo e Santos). Estamos na nossa caminhada, muita coisa para acontecer. Lembro que em 2017 a gente virou o turno com 14 pontos de diferença para o segundo e ali na fase final meio que enroscou, a gente chegou a ficar 13 pontos do Santos. Tem muita coisa para acontecer. A gente está na briga, sim – afirmou Carille.
O técnico aproveitou para garantir o retorno do volante Gabriel ao time na próxima rodada, contra o Ceará, sábado, às 11h, novamente em Itaquera. O volante chegou a se despedir dos companheiros e viajar à Arábia Saudita para fechar com o Al-Hilal, mas o clube desistiu da negociação para contratar o colombiano Cuéllar, do Flamengo.
– O Gabriel volta. É o único que confirmo para o jogo de sábado, ele vai ser o titular. As coisas foram bem claras, até onde sei, houve a proposta. Conversei com ele, está com a cabeça boa. Não é por um erro de alguém que ele perde a posição. Ele vem muito bem e está confirmado para a partida de sábado – cravou Carille.
O treinador falou também sobre as comemorações do Corinthians pelos 109 anos de fundação, neste domingo. Ainda mais com o Timão pulando para a terceira colocação, com 31 pontos, superando os rivais São Paulo (31) e Palmeiras (30, com um jogo a menos).
– Hoje aconteceram várias coisas: ganhar no aniversário do Corinthians, chegar na terceira posição, estar naquele bloco de cima. Que orgulho fazer parte desta história, a oportunidade que tive de iniciar minha carreira como técnico. Só tenho que agradecer.
Veja mais trechos da entrevista de Fábio Carille:
A troca de Love por Gustagol:
– Estava um jogo brigado, me preocupei com a bola área. O Gustavo me ajuda mais no sem bola. Senti a equipe cansada. Fiquei esperando, conversando com os auxiliares, a gente achou que tinha que ser o Gustavo para trabalhar mesmo bola para a área. Nosso gol saiu aos 43. Vital muito concentrado, num erro do goleiro. Movimentação boa do Gustavo.
Sobre a defesa do Corinthians:
– Quando a gente fala de parte defensiva, ela passa por todos. A marcação começa com os jogadores da frente. A parada da Copa América foi importante para que os jogadores tivessem entendimento de tudo isso. Não me lembro do segundo tempo de o Cássio ter trabalhado a não ser em escanteio, bola parada. De ser consistente, de continuar buscando o gol. Tem melhorado a questão ofensiva, mas tem espaço para mais.
“Quando (Clayson) corta, acontece o gol, como no Rio. Ele foi nosso destaque no Paulista, passa a ser marcado. Como nós, jogar contra o Ricardo Oliveira, sei que ele joga na última linha, tenho os cuidados com o Ricardo Oliveira. Quem vem hoje vem marcando ele. Clayson é o único jogador que tenho de velocidade, Everaldo não foi relacionado. Muito satisfeito com ele. O Manoel não é de hoje, desde o Paulista, não era titular no Cruzeiro, sofreu um pouco no início, mas foi o único setor que funcionou no Paulista, a defesa. Jogador sério, concentrado, como o corintiano gosta.
(Globo Esporte)