A mais de 3 mil km de distância, o ex-cabo da Polícia Militar Hércules de Araújo Agostinho, transferido para o presídio federal de Mossoró (RN), foi ouvido pela Justiça de Mato Grosso por videoconferência na terça-feira (27).
Hércules foi condenado pela Justiça a cumprir mais de 160 anos de prisão por vários assassinatos, entre eles o do empresário Sávio Brandão, dono do jornal Folha do Estado, em 2002.
Para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), a tecnologia tem sido aliada e ajuda em questões como economia de recursos públicos no transporte de presos.
Na ocasião do depoimento, o ex-militar foi interrogado pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, Murilo Moura Mesquita. Ele é acusado de assassinar Júnior Vagner Moraes Delgado Santana, em 2002, no Bairro Jardim Vitória Régia.
O ex-policial foi transferido para o presídio federal em maio deste ano depois de tentar fugir da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, duas vezes.
Além do assassinato de Sávio Brandão, Hércules Agostinho foi condenado por outros crimes, entre eles os assassinatos do empresário Rivelino Jacques Brunini e Fauze Rachid Jaudy, além da tentativa de assassinato do pintor Gisleno Fernandes, em junho de 2002, na capital. Na ocasião, Hércules confessou ter assassinado Brunini a mando do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.
Tentativas de fuga
Na primeira tentativa, em fevereiro deste ano, os agentes identificaram que as grades da cela em Hércules estava foram serradas. Na ocasião, o preso ficou alterado e partiu para cima dos agentes penitenciários fazendo ameaças.
No mês seguinte, os agentes penitenciários encontraram as grades serradas na cela do raio 5. Hércules estava sozinho na cela. Depois da descoberta, ele foi transferido para outra cela da unidade prisional.