O setor supermercadista no Brasil registrou faturamento de R$ 355,7 bilhões em 2018, representando um crescimento nominal de 0,7% se compararmos com 2017, de acordo com a Pesquisa Ranking ABRAS/SuperHiper. O resultado registrado ano passado representa 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB).
Outro dado apresentado pela pesquisa e que chama a atenção é que o setor encerrou o ano passado com 89,6 mil lojas em todo o país. Esse crescimento é resultado de muito trabalho dos agentes que fazem esse meio se solidificar e vencer as crises, seja no supermercado, atacado ou varejo.
Porém o crescimento desordenado pode gerar grandes problemas nos negócios, independentemente do tamanho, seja nas grandes redes ou no pequeno empresário.
Hoje em dia, cada investimento feito no setor deve ser pensado e analisado sob todos os prismas, para que o retorno seja seguro e duradouro. Neste sentido, denota-se que os empresários estão cada vez mais atentos às mudanças nos hábitos e comportamento de consumo de seus clientes.
É no ponto de venda onde a experiência de uma marca pode ser definida. É ali onde tudo se conversa: piso, paredes, iluminação, produto, comunicação visual, cheiro, equipe de vendas, todos esses elementos precisam ser compreendidos por quem está envolvido na construção de um espaço comercial. Se estes elementos estiverem em consonância com a identidade da marca, o elo da cadeia se fortalece.
Quando essa conexão ocorre, estes projetos se tornam uma referência na cidade, muitas vezes, até num ponto turístico. Em contrapartida temos a indústria e o varejo, que se se faz compreender ao seu consumidor, agora mais qualificado e “encantado”. A beleza de um ponto de venda em conseguir imprimir seu DNA, proporcionando uma boa experiência de compra, é o que chamamos de Retail Design.
O Retail Design, ou Design de Varejo, é uma ferramenta fundamental para transferir a essência e valores das marcas ao seu público. Seja na hora de projetar espaços comerciais criativos, ou ressignificar uma loja existente, alinhados claramente com os objetivos das marcas, levando em consideração a organização do espaço, tanto interno ou externo, o objetivo final é de estimular o aumento da venda de produtos, bens ou serviços ao seu consumidor.
Neste processo, para o resultado final não ser comprometido, é necessário envolvermos muita comunicação entre os profissionais participantes, desta forma garantimos que a mensagem conceitual não seja distorcida. Com o tempo, móveis, equipamentos e formas se tornam obsoletos e o nosso público, mais informado. Muito importante os espaços serem renovados de tempos em tempos de maneira a atualizar-se.
Estas mudanças estéticas e conceituais em lojas físicas são mais notáveis em marcas de moda. Estas grifes conseguem apresentar suas coleções de produtos alinhadas com suas propostas de lojas. Esta tendência vem se aplicando em outros setores do varejo, mas em escalas diferentes, como supermercados, restaurantes, farmácias, entre outros. Empresas que cada vez mais se apresentam projetos mais elaborados e fundamentados nos conceitos de suas marcas.
As redes ganham padrão visual e novas técnicas operacionais, esforços importantes para quem está buscando encantar clientes. A busca pela experiência de compra está se expandindo em todos os segmentos, não importa o formato de loja ou ramo de atuação. Se possui um serviço a oferecer, é fundamental surpreender.
No Brasil, o Retail Design cresce proporcionalmente a sua importância, uma técnica que traz diferenciação, personalidade e valor ao negócio. Quem ganha com isso é o elo da cadeia: trabalhos diferenciados são apresentados pelos profissionais do ramo, a identidade da indústria e varejo são destacadas, e assim a boa experiência de compra se faz ao consumidor final.
* Danilo Rondinelli é publicitário com MBA em Gestão de Marketing pela FGV, atualmente é sócio da Total Varejo – Arquitetura e Gestão
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