O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), disse na manhã desta
quarta-feira (7) que não vê atrasos no pagamento de emendas parlamentares por parte do Governo do Estado. A fala se deu após críticas da deputada estadual Janaina Riva (MDB), que afirmou que o Palácio Paiaguás não teria feito o repasse de nenhuma de suas emendas impositivas indicadas, em 2025.

Nos últimos dias, Janaina Riva tem declarado publicamente que o Governo do Estado não pagou nenhuma de suas emendas, o que gerou o rompimento da parlamentar com o Palácio Paiaguás. Max Russi, ao comentar sobre o assunto, revelou que nem mesmo ele teve suas indicações atendidas, tendo apenas uma empenhada, ressaltando que não vê problemas no atraso e ressaltando que a ALMT irá aguardar o desenrolar do caso.

“Sinceramente, não vejo esse problema. Estamos chegando no mês de maio, ou seja, não tem nem cinco meses ainda. O orçamento desse ano demorou muito para abrir. Não sei qual é a estratégia do governo, que segurou essa abertura. Isso dificultou o avanço de alguns projetos e também das emendas parlamentares.

Acredito que nos próximos 60 ou 90 dias, tenhamos este encaminhamento, mas são emendas impositivas e temos até o mês de dezembro. O Governo não está fora do cronograma, mas a Assembleia vai cobrar, se ele não cumprir”, disse.

O presidente da ALMT refutou críticas feitas pelo secretário da Casa Civil, Fábio Garcia, sobre uma possível individualização das emendas de bancada. Max Russi explicou que, ao contrário da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, as bancadas no parlamento estadual são divididas de forma regional, entre deputados do Araguaia, do Nortão, e da região sul do Estado, além da Baixada Cuiabana e da região Oeste.

Max Russi relembrou ainda que, em Brasília, a emenda de bancada é equivalente a 1% do orçamento, enquanto que em Mato Grosso é de 0,2% da arrecadação do Governo do Estado. O presidente do Legislativo sugeriu, inclusive, que pode ser feitor um ajuste para o parlamento estadual ter o mesmo percentual que o Congresso Nacional.

“Esse é o entendimento dele e temos que respeitar, mas ele também tem que respeitar o nosso. Acho que a individualização está correta. A emenda de bancada é para projetos macro. Como exemplo, nós vamos destinar uma emenda de R$ 6 milhões para Cuiabá, na questão do Hospital Infantil, ou seja, é um projeto estruturante, importante, e que a gente usa numa emenda de bancada para atender, no caso, a capital do Estado, e por tabela, todos os municípios de Mato Grosso”, afirmou.

(Folha Max)