Diretamente do arquipélago de Svalbard, no Oceano Ártico, apresentamos a rena de Svalbard (Rangifer tarandus platyrhynchus), a menor espécie de rena do mundo, que está ameçada de extinção. Com apenas 1,5 a 1,6 metros de comprimento, essas fofuras de patas curtas e chifres elegantes têm muito a contar sobre sua vida nas paisagens geladas.

A rena de Svalbard também é conhecido como o “pequeno notável” das renas. No inverno, elas desfilam com pelos grossos e fofinhos, variando entre cinza-claro e branco-amarelado. Já no verão, adotam um visual mais escuro e de pelagem menos volumosa. Apesar do tamanho compacto, tanto os machos quanto as fêmeas ostentam chifres impressionantes. Os homens perdem os seus no início do inverno, enquanto as mulheres mantêm os seus por até um ano inteiro.

Vida em pequenos grupos

Esqueça grandes rebanhos. Essas renas preferem a companhia de poucos: normalmente andam em grupos de três a cinco indivíduos. A exceção acontece durante o cio, no final do outono, quando os machos formam haréns, ou no inverno, quando a comida é tão escassa que elas precisam unir forças em áreas com boa alimentação.

O que tem no cardápio?

A dieta da rena de Svalbard é composta de vegetação, e elas são verdadeiras especialistas em encontrar comida mesmo nos lugares mais difíceis. No inverno, o truque é buscar áreas com menos neve acumulada. Já no verão, é hora de recuperar a gordura perdida, aproveitando a vegetação mais abundante.

Svalbard tem 1,5 a 1,6 metros de comprimento e vive em clima frio — Foto: Animalia/ Bjoertvedt
Svalbard tem 1,5 a 1,6 metros de comprimento e vive em clima frio — Foto: Animalia/ Bjoertvedt

Um passado difícil e um futuro incerto

Essas renas quase desapareceram no início do século 20 devido à caça excessiva. Atualmente, a espécie ainda continua em risco, contendo 2.890.400 indivíduos maduros, de acordo com a Lista Vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza).

As mudanças climáticas representam um grande desafio para esse animal. Por causa dos invernos mais quentes, que têm provocado chuvas que congelam a superfície da neve, dificultando o acesso à comida e levando algumas renas à fome. Em 2019, cerca de 200 delas foram encontradas mortas devido a essas condições.

Por outro lado, temperaturas mais amenas também podem trazer benefícios, como um maior crescimento de plantas e mais tempo para as renas acumularem reservas de gordura. Além disso, mudanças na dieta para incluir gramíneas que brotam no gelo podem ser uma vantagem.

(Por Redação Galileu)