Eleita para comandar Várzea Grande pelos próximos quatro anos, a advogada Flávia Moretti (PL) já deu início a transição de governo. Além disso, projeta começar a debater soluções para resolver o problema de abastecimento de água no município já no primeiro dia de gestão.
“Já fiz o oficio solicitando para a atual gestão qual seriam os parâmetros, quantidade de pessoas na transição e eles já me responderam pedindo os nomes. A gente está pegando os dados das pessoas da equipe de transição, que são basicamente técnicos e advogados que vão compor para termos os encaminhamentos dentro do município […] a prioridade nossa será a questão da água. Estamos trabalhando justamente isso para no dia 1º a gente já estar com meio caminho andado para começar os atos necessários para ter a lei para fazer a concessão”, garantiu Flávia Moretti em visita ao Grupo e entrevista ao Rdtv Cast.
Apesar das tratativas para a transição, Flávia Moretti disse que ainda não foi procurada pelo atual prefeito Kalil Baracat (MDB), que foi derrotado por ela nas urnas com 50,54% dos votos válidos, enquanto o emedebista conquistou 44,84% do eleitorado. A advogada disse que entende o “silêncio” do adversário devido a batalha política intensa entre os dois.
“Eu entendo. É normal a pessoa que estava pleiteando e entrou em uma situação política de batalha dentro de uma eleição também tem que acomodar o coração. O sentimento dele de perda porque não é fácil você perder uma campanha uma vez que já era prefeito e estava vindo à reeleição e tinha as pesquisas que diziam que seria eleito. Para ele deve ter sido um choque. Então, eu entendo esse silêncio dele. Super compreendo”, declarou.
Flávia Moretti ainda criticou a realização e divulgação de pesquisa eleitoral às vésperas da eleição e defendeu que seja feita uma regulamentação. Segundo ela, parte dos eleitores buscam as pesquisas para ter orientação em quem votar, em uma tentativa de “validar” o voto e com isso alguns candidatos acabam sendo prejudicados.
Neste sentido, Flávia Moretti e o vice, o empresário Tião da Zaeli (PL), acreditam que poderiam ter recebido mais votos se as pesquisas não tivessem apontado para a vitória de Kalil, que até mesmo no dia da eleição, 6 de outubro, chegou a ser dada como certa por alguns veículos de comunicação.
Rodinei Crescêncio/Rdnews
“Eu entendo que tem que ter uma regulamentação melhor dos institutos de pesquisa para a divulgação da pesquisa. Eu, como advogada, sei que toda regulamentação de pesquisa ainda tem falha. Então, eu entendo que se fosse para fazer uma lei regulamentadora sobre pesquisa, que também fosse proibido a divulgação de pesquisa às vésperas da eleição, nos últimos cinco dias, para deixar que realmente o eleitor tome a decisão conforme a vontade dele, conforme as propostas que ele está vendo porque a gente sabe que tem eleitor que vai para o voto da maioria. Ele quer o voto dele válido. Então, muda o voto por causa de uma pesquisa. Eu acredito até que nós, eu e o Tião, poderíamos ter tido muito mais votos, mas uma vez que lançou duas pesquisas onde Kalil estava na frente, eu tive uma perda enorme”, concluiu.
(Rdnews)