O desembargador Orlando Perri, supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF-MT) defendeu, na manhã desta quinta-feira (17), a instalação de câmeras de monitoramento na entrada a Penitenciária Central do Estado (PCE). A medida visa combater ou reduzir a entrada de aparelhos celulares no presídio.
“Temos que instalar câmeras na entrada, temos que instalar raio-x e submeter à revista todos que entram no sistema prisional”, disse o desembargador.
Recentemente, duas fases da Operação Raio Limpo, deflagradas pelas forças de segurança do Estado, apreenderam mais de 100 celular na PCE.
Orlando Perri acredita que a corrupção no sistema prisional é uma das principais portas de entrada dos aparelhos no presídio. Segundo o desembargador, um celular chega a custar até R$20 mil dentro da PCE.
Com o uso de celulares dentro da celas, presidiários ordenam crimes e fazem até vídeo chamadas, como o caso das irmãs Rayane Alves Porto, de 28 anos, e Rithiele Alves Portos, de 25, que foram mortas após a ordem do líder de uma facção que está preso na PCE.
Durante entrevista à imprensa, ele citou o decreto do Governo do Estado que proíbe o uso de celulares por policiais penais no interior das penitenciárias mato-grossenses, mas disse que ainda há falhas na fiscalização e que as câmeras podem ser uma solução.
Dentre as medidas já adotadas pelo Estado para combater o problema na Penitenciária Central está a instalação de raio-x na entrada e a retirada das tomadas para evitar o carregamento dos celulares. Além disso, cerca de três testes de bloqueio do sinal telefônico dentro do presídio já foram realizados, mas segundo o desembargador, a solução para essa questão ainda não foi encontrada.