O secretário de Estado de Segurança Pública, coronel César Roveri, determinou que sejam apurados os motivos da suposta falta de revista por parte dos policiais penais em detentos, que foi denunciada pelo sindicato da categoria. Essa semana, o desembargador Orlando Perri defendeu que todos sejam revistados ao entrar nas unidades, incluindo juízes, prefeitos e até o  mesmo o governador.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) destacou que é obrigação do policial penal a revista em todos os reeducandos que exercem atividades laborais, dentro e fora das penitenciárias e cadeias, quando retornam para suas celas.

“Apesar de nenhuma denúncia ter sido protocolada nesta secretaria, determinei a apuração dos fatos, pois nos causa estranheza, principalmente por vir do Sindicato dos Policiais Penais, que são os responsáveis por esse cuidado de revistar a todos, antes que voltem para as celas. Ou seja, se isso ocorre, é uma falha do exercício profissional. Nunca recebemos qualquer denúncia a esse respeito, nem do sindicato, nem de servidor”, afirmou Roveri.

De acordo com o secretário, o trabalho precisa ser feito para impedir a entrada de materiais ilícitos nos presídios.

“Essa é uma função obrigatória que os policiais penais devem cumprir, justamente para que os reeducandos não entrem nas penitenciárias com celulares, drogas, ou qualquer outro material ilícito. Se esse trabalho não está sendo feito, vamos averiguar para chegar aos responsáveis e adotar todas as medidas necessárias”, frisa Roveri.

 

Críticas do Judiciário
Em entrevista à imprensa, o desembargador Orlando Perri defendeu que haja mais rigor na fiscalização das entradas das unidades prisionais de Mato Grosso. Ele culpou o problema da entrada de celulares nos presídios, por exemplo, a membros corruptos do serviço público.

“Eu defendo uma rigorosa fiscalização na entrada do sistema prisional. Eu defendo que juiz, promotores e até o governador passem por scanner, todos devem ser vistoriados na entrada dos nossos presídios”, afirmou Perri.