A prefeita eleita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), anunciou na manhã desta terça-feira (8) uma série de medidas que pretende implementar assim que assumir a gestão do município em janeiro de 2025. Entre as principais ações estão a reestruturação da máquina pública, com a demissão de servidores, a concessão do Departamento de Água e Esgoto (DAE) à iniciativa privada e o fim da fila de procedimentos na Saúde. Flávia também pretende barrar o aumento do IPTU na cidade.

Em primeira coletiva de imprensa após a eleição, Flávia disse que as áreas de Saúde e Abastecimento de Água serão suas prioridades. “Temos várias urgências, mas água e saúde são as mais importantes. Vou acabar com a fila da Saúde e implantar uma gestão eficiente. No DAE, faremos uma concessão privada de acordo com a Lei de Licitações”, afirmou a prefeita eleita.

A concessão do DAE dependerá da aprovação da Câmara Municipal, mas Flávia demonstrou confiança de que a medida não enfrentará resistência dos parlamentares. “Quer maior convencimento do que a falta de água? A sede é o que convence. O DAE não consegue atender à demanda da população, então vamos fazer um diagnóstico e enviar a proposta à Câmara no momento certo”, explicou.

Flávia Moretti também criticou o inchaço da máquina pública sob a gestão do atual prefeito, Kalil Baracat (MDB), e afirmou que pretende “enxugar” a folha de pagamento da Prefeitura, que hoje conta com mais de 10 mil servidores. Segundo ela, será necessário realizar demissões para otimizar o funcionamento da administração pública. “A folha de pagamento foi inchada e precisará ser reduzida”, declarou.

No entanto, o vice-prefeito eleito, Tião da Zaeli (PL), garantiu que não haverá perseguições. “Não estamos fazendo caça às bruxas. Aqueles que prestaram bom serviço poderão continuar. O que não será tolerado é a imoralidade e a corrupção”, afirmou. Tião destacou que a Prefeitura deve ser ajustada para atender as necessidades da população, e não demandas particulares.

Aumento do IPTU

Outra medida que está na mira da nova gestão é o aumento do IPTU, previsto para 2025 devido a um acordo judicial que pode elevar o imposto em até 33,33%. Flávia informou que pretende rever esse acordo e buscar orientações do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para suspender o aumento. “O IPTU precisa de uma nova lei. Provavelmente vou solicitar uma recomendação do TCE para suspender esse aumento em 2025”, afirmou.

Tião da Zaeli também criticou a planta genérica de valores utilizada para calcular o IPTU, que, segundo ele, está supervalorizada. “Tem casas sendo vendidas por R$ 100 mil, mas na planta genérica o valor é de R$ 150 mil ou R$ 200 mil. Isso está fora da realidade. Precisamos revisar essa planta, porque somar isso com o aumento de 33% do IPTU seria um caos”, alertou o vice-prefeito eleito.

Além disso, Tião adiantou que, se houver respaldo legal, a nova gestão pretende retirar todos os radares instalados nas vias de Várzea Grande.

(ODOC)