A Câmara Municipal de Cuiabá aprovou por 13 a 10, nesta terça-feira (27), o projeto de lei 17.133/2024 que propõe a abertura de crédito adicional de R$ 6 milhões para a Saúde da capital mato-grossense. O recurso será retirado do Fundo Municipal de Saúde.
O projeto permite que a atuação gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) faça o remanejamento do montante destinado à atenção primária da Saúde para outras necessidades da pasta, como a aquisição de móveis e equipamentos médicos, sem especificar os destinos exatos.
Votaram a favor da aprovação os vereadores, Aroldo Telles (PRD, Antônio Lemes (PSD), Renivaldo Nascimento (PSDB), Wilson Kero Kero (PMB), Chico 2000 (PL), Lilo Pinheiro (PP), Sargento Vidal (MDB), Marcrean Santos (MDB), Paulo Henrique (MDB), Rogério Varanda (PSDB), Adevair Cabral (Solidariedade), Marcus Brito Junior (PV) e Professor Mário Nadaf (PV).
Votaram contra a aprovação os vereadores Eduardo Magalhães (Republicanos), Dr. Luiz Fernando (União Brasil), Maysa Leão (Republicanos), Cezinha Nascimento (União Brasil), Michelly Alencar (União Brasil), Robinson Cireia (PT), Dilemário Alencar (União Brasil), Fellipe Corrêa (PL) e Sargento Joelson (PSB).
A vereadora Maysa Leão (Republicanos) classificou a aprovação como um dia de derrota para a população cuiabana.
“Não é derrota pra mim, não é derrota porque eu sou oposição não, eu gostaria de ter situação gostaria de poder aplaudir, mas tirar dinheiro da unidade primária, dinheiro que era para medicamentos e insumos, e passar para secundária sendo que ele tem um orçamento de 800 milhões que ele poderia estar usando para isso, é dizer que ele não está nem aí, é provar o descaso”, afirmou Maysa.
Maysa, que faz parte da oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro, também criticou a postura de alguns colegas, inclusive a oposição. “Fica o recado para população, esta Câmara de vereadores está no colo do prefeito, nós temos maioria aqui de base, muita gente que se oposição se comportava como base”, afirmou.
O projeto chegou a ser votado duas vezes na semana passada, no entanto ambas as votações foram canceladas após bate boca entre parlamentares
Na primeira tentativa, o vereador Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), que presidia a sessão e, de acordo com o regimento interno, só deveria votar em caso de empate, acabou votando e empatando a votação em 11 a 11.
O desentendimento escalou quando Arruda e Sá decidiu anular a votação e realizar uma nova votação. Na segunda votação, alguns vereadores mudaram seus votos, e o resultado final foi de 14 a 8 a favor da aprovação.
No entanto, a decisão de anular a primeira votação foi amplamente questionada pela oposição. Após revisar o regimento interno, Arruda e Sá reconheceu o erro e adiou a votação.
(Thiago Novaes – RDM Online)