O deputado estadual e pré-candidato a vereador por Cuiabá, Rafael Ranalli (PL), defendeu a aprovação de seu projeto de lei que prevê a entrega da medalha ‘Sargento Odenil’ a policiais que participarem de ocorrências que resultem na morte de criminosos. A iniciativa seria uma homenagem ao militar Odenil Alves Pedroso, executado na Capital – o autor do crime segue foragido.
Ranalli é agente da Polícia Federal (PF) e assumiu a cadeira temporariamente no lugar do deputado Elizeu Nascimento (PL). Em entrevista na quinta-feira (11), avaliou não temer o aumento da letalidade das Forças de Seguranças em meio a sua proposta. Aliás, sustentou a tese de que bandidos que enfrentarem a polícia devem ser executados: “Estando no momento da ação, em legítima defesa, é o que eu quero deixar claro”.
“Se for aumentar a letalidade contra vagabundo, eu quero mais é que aumente. Vagabundo tem que morrer mesmo, porque eles estão nas ruas para nos matar, matar cidadãos de bem, matar advogado da OAB e policiais, então, vagabundo tem que morrer. Trocou tiro com a polícia, está pedindo o quê? Está pedindo para morrer”, sinalizou.
Conforme o texto da proposta, a medalha será concedida aos policiais em casos que resultarem na morte de bandidos, envolva a prevenção de crimes de grande impacto social, demonstre coragem, destemor e eficiência na aplicação da lei. A honraria poderá ser utilizada como recomendação para que Estado promova o agente contemplado.
A matéria já foi lida em plenário e, no momento, precisa cumprir mais duas sessões na pauta antes de ser votada. Acontece que Ranalli deixará o Parlamento antes da submissão ao plenário, devido ao retorno do titular.
Porém, antes mesmo da aprovação, já sinalizou que Elizeu deve homenagear o tenente-coronel da Polícia Militar, Otoniel Gonçalves Pinto, que reagiu a um roubo e matou um assaltante, identificado como Luanderson Patrik Vitor de Lunas, de 20 anos, em novembro do ano passado, em Cuiabá. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou o militar réu por homicídio – o caso tem gerado revolta na ala mais conservadora.
Na avaliação de Ranalli, é um grave erro da Justiça, diante da situação em que o militar estava submetido, sendo necessária uma reação condizente com o cenário: “Graças a Deus, [o Otoniel] não foi assassinado. Infelizmente conseguiu matar só um. Na minha opinião, deveria ter empurrado os dois para a vala”. Fonte: RD News