O Corinthians está dividido sobre a contratação de Mário Balotelli. Enquanto uma ala dos aliados do presidente Augusto Melo quer a chegada do atacante, uma outra parte entende que o clube não deveria avançar nas conversas.
Uma casa de apostas que negocia para assumir o patrocínio máster do clube manifestou interesse em bancar um reforço de peso, que serviria como garoto-propaganda. Além dessa empresa, o Corinthians tem conversas com outras “bets”.
Também não está descartada a procura por outro jogador de renome para ser o “rosto” deste patrocínio nem mesmo um acordo sem envolver a chegada de um reforço de peso.
Com dificuldades financeiras, o Corinthians só avançaria para fechar o negócio com a ajuda deste patrocinador ou de algum outro parceiro comercial.
Resistência
Embora mantenha negociações com Balotelli, o Corinthians ainda não tem consenso em relação à contratação. Membros da cúpula do clube e aliados de Augusto Melo se dizem contrárias ao negócio.
Estas pessoas ponderam os problemas extracampo do italiano e também o baixo número de jogos disputados por ele: nos últimos anos, o atacante atuou em 37 partidas e anotou 13 gols. Na Suíça, terminou na lanterna e foi rebaixado. Na Turquia, ficou na 13ª colocação em 2024.
Além disso, as negociações com o italiano começaram sem a anuência do departamento de futebol. O diretor executivo Fabinho Soldado não participa das conversas. Foi o diretor das categorias base, Claudinei Alves, que recebeu a oferta de Balotelli e lidera as tratativas, com anuência de Augusto Melo.
O movimento foi criticado internamente e rendeu comparações com o caso de Didier Drogba. Em 2017, o departamento de marketing do Corinthians iniciou conversas para tentar contratar o atacante sem antes falar com o departamento de futebol.
Nas reuniões com representantes de Balotelli, dirigentes do Corinthians ouviram que o italiano deseja um contrato de dois anos e salário de três milhões de euros por temporada (cerca de R$ 17,7 milhões na cotação atual), além de dois milhões de euros em luvas (aproximadamente R$ 11,8 milhões). Assim, o “pacote” custaria em torno de R$ 2 milhões por mês.
Independentemente de Balotelli, o Corinthians quer fechar logo um novo patrocínio máster para substituir a VaideBet, que deixou o clube há pouco mais de um mês. A ex-parceira pagava R$ 10 milhões por mês.
Além do espaço principal da camisa, o Timão tem atualmente outras cinco propriedades do uniforme vagas. (GE)