Amado Batista está sendo processado após um menino de 3 anos se afogar em uma piscina de sua fazenda. Os pais da criança, que trabalhavam como caseiros do local, acusam o cantor de negligência e pedem R$ 950 mil em ação, que tramita na Justiça de Goiás. A defesa do artista rebate a versão.
O caso, confirmado pelo Terra, aconteceu em maio de 2022, embora tenha vindo à tona nesta sexta-feira, 5. O processo público em questão foi aberto em 2023. Até o momento, não houve acordo entre as partes.
O que aconteceu?
Um casal trabalhava como caseiros de uma fazenda de Amado Batista em Goianópolis, Goiás, e morava na propriedade com seus dois filhos. O menor, de 3 anos, se afogou em uma piscina do local e morreu.
A família alega ter havido negligência no caso, pois, após a criança cair na piscina, ela não foi levada para um hospital na capital, mas, sim, para uma unidade em uma cidade no interior, que seria mais distante da fazenda, por decisão de funcionários de Amado Batista.
Ao Terra, a defesa do cantor disse que essa colocação sobre o hospital é mentirosa, pois a criança teria sido levada ao hospital com agilidade. “A fazenda fica no município de Goianápolis. Então, a criança foi levada para o hospital mais próximo, na cidade ao lado, Terezópolis. Goiânia estava mais longe. Diferentemente do que foi alegado, o gerente [do local] levou ao hospital mais próximo”, afirma o advogado de Amado Batista, Mauricio Vieira de Carvalho Filho.
No processo, o casal também aponta que o artista demonstrou desrespeito com o luto da família. Isso porque ele teria dado uma festa pouco tempo depois da morte do menino, com bebidas e som alto.
Mais uma vez, à reportagem, a defesa de Amado Batista questionou o argumento e disse que as colocações da família são infundadas. “Primeiro que o Amado não bebe bebida alcoólica. A família [do menino que morreu] continuou na fazenda, e foi oferecido todo o suporte e apoio. Não teve nada disso de ter dado festa. Meses depois, teve a comemoração de uma neta dele, uma bebê de 2 anos. A propriedade rural é enorme”, complementou o advogado.
Após o ocorrido, o casal continuou trabalhando no local por um tempo, por necessidades financeiras. Eles afirmam não terem recebido acompanhamento psicológico após a fatalidade. Já a defesa de Amado alega ter arcado com todo o custo de translado do corpo para a Bahia, sepultamento e funeral. “Foi uma opção deles voltarem para a fazenda, não foi nossa”, finalizou o advogado do artista.
Em nota, a defesa de Amado frisa: “Não é obrigação da fazenda o dever de vigilância e cuidado dos filhos dos colaboradores, sendo que todos os fatos já foram levados ao conhecimento do poder judiciário e serão decididos pelo juiz condutor do feito. Sentimos muito pela perda dos pais, mas não existe nenhum tipo de responsabilidade legal do proprietário da fazenda”.
A reportagem não localizou a defesa do casal até a publicação desta matéria. O espaço continua aberto e será atualizado em caso de manifestações.
Fonte: Terra