Entram em vigor, nesta segunda-feira, as novas regras do futebol aprovadas, em março, pela International Board (IFAB). Dentre elas está a substituição extra por concussão, já em uso na Eurocopa, Copa América e Brasileirão, além de anteriormente testada na Copa do Mundo de 2022. O cartão azul para expulsão temporária, vale lembrar, foi deixado de lado.
Ao total, são cinco novidades:
- Substituições adicionais permanentes de concussão serão uma opção de competição de acordo com o protocolo necessário.
- Cada time deve ter um capitão que use uma braçadeira de identificação.
- Os jogadores são responsáveis pelo tamanho e adequação das suas caneleiras, que continuam a ser uma parte obrigatória do seu equipamento.
- As infrações de mão não deliberadas, e pelas quais são aplicadas penalidades máximas, devem ser tratadas da mesma forma que outras faltas.
- Parte da bola deve tocar ou ultrapassar o centro da marca de pênalti, e a invasão dos jogadores de campo será penalizada apenas se tiver impacto.
Competições que começaram antes de 1º de julho de 2024 podiam adotar as novas regras antecipadamente. No mais tardar, devem se adequar na edição seguinte.
Regras em testes
A IFAB também estabeleceu protocolos para potenciais mudanças no futebol, por meio de testes em divisões inferiores, visando a melhora do comportamento dos jogadores em campo e a proteção da arbitragem. São eles: que apenas o capitão do time pode falar com o árbitro em determinadas situações; aumento de seis para oito segundos na posse da bola nas mãos do goleiro, sob pena de reversão; e pausas que permitam ao árbitro mandar os jogadores para suas respectivas áreas de pênalti.
A medida de proteção ao árbitro está sendo testada na Euro de 2024. As seleções têm se preocupado em cumprir a regra de somente o capitão falar com o árbitro, principalmente em faltas ou lances importantes. Caso um jogador não respeite, é passível de cartão amarelo, o que também vem sendo aplicado pela arbitragem.
Cartão azul fora
O cartão azul foi considerado prematuro pela Fifa. Ele serviria para tirar de campo, por 10 minutos, os jogadores que praticassem simulação, faltas antijogo ou mostrassem desrespeito ao árbitro. Caso o jogador recebesse dois cartões azuis, ou um amarelo e um azul, levaria o cartão vermelho em seguida e seria expulso da partida.
Segundo a imprensa inglesa, o principal motivo para o abandono da proposta seria a grande repercussão negativa, principalmente entre os protagonistas do futebol.
Para a IFAB, a ideia de retirar jogadores por tempo determinado de uma partida seguirá passando por refinamento mediante testes em categorias de base. (GE)