Um espetáculo especial: menos barulho, luzes fracas, tradução em libras, pouca conversa e muita diversão. Nesse cenário, muitos alunos portadores de deficiências assistiram com tranquilidade ao espetáculo do Circo Maximus, desta terça-feira (28), em Cuiabá. Davi Ortega, 9 anos, da Escola Municipal Orzina de Amorim Soares, vibrou com as apresentações. Ele está entre as 2,5 mil crianças beneficiadas pelo projeto social do circo, o Inclusive, que proporciona ingressos sociais. Na Capital, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT reuniu parceiros para levar a magia circense aos menores carentes de todas as idades.
Foram dois espetáculos, nos dias 21 e 28 de maio, com direito a pipoca e refrigerantes. Encantadas, as crianças se divertiram com as cenas dos palhaços, malabaristas, acrobatas e teve até uma versão adaptada do globo da morte.
O presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho e a esposa Sônia Meira também deram boas risadas com a plateia composta por pais, professores e portadores de deficiências: físicas, intelectuais, sensoriais, entre outros.
“A Assembleia fez o papel de unir todos os parceiros em benefício desse projeto do Circo Maximus que alegra nossas crianças. Conseguimos a doação do lanche, transporte e do apoio da Polícia Militar. Assisti o espetáculo e lembrei do tempo de criança, é muito bacana mesmo. A gente volta a ser criança”, disse Botelho.
Sônia Meira Botelho disse que todo espetáculo ficará eternizado na memória das crianças ligadas às instituições de caridade e atípicas. “Não tenho palavras para expressar tamanha alegria e orgulho da sensibilidade tanto do circo, quanto da Assembleia e dos colaboradores, que proporcionaram esse momento de entretenimento”.
A mesma emoção tomou conta da família do assessor de imprensa Jardel Silva, junto com a mulher Aline Araújo e Silva, levou os quatro filhos, sendo dois deles autistas, e um sobrinho para curtir o Circo Maximus. “É uma benção essa oportunidade porque nem sempre temos isso, ainda mais para crianças que precisam de cuidados redobrados”, afirmou Aline.
O pai complementa. “As famílias que têm filhos especiais enfrentam barreiras para passear com eles porque sabem que vai ter muito barulho, muita luz. Geralmente procuram outra atividade. Então, ficamos felizes e as crianças também. Ainda mais a gente que é uma família tão grande”, afirmou Jardel.
“Oportunidade única”. Foi assim que a moradora do bairro Pedra 90, dona Daiane Custódio Borges pensou. Nem a distância a impediu de levar a filha Amabilym Vitória, 7 anos, portadora de Espinha Bífida de vivenciar a cultura circense adaptada. “Amabilym nunca tinha vindo ao circo e passou o dia ansiosa esperando por esse momento”, contou Daiane.
Circo Maximus
Com 150 integrantes e três unidades no país, a empresa familiar do Circo Maximus, há 20 anos, leva alegria por onde passa. A temporada em Cuiabá vai até julho, com espetáculo diário, às 20 horas, exceto na quarta-feira. E crianças de dois a 12 anos têm direito a meia entrada.
“Vários pais pediram para que adaptássemos o espetáculo com menos barulho e luz reduzida. Então, foi assim que surgiu o Projeto Inclusive. Há um ano temos esse espetáculo adaptado. É um prazer para nós juntamente com a Assembleia fazer esse super show para as crianças”, destacou o diretor do Circo Maximus, Bem Hur de Jesus Vieira.
(ITIMARA FIGUEIREDO)