A saída de Cássio deixa uma lacuna não apenas técnica, de um ídolo que conquistou tudo com a camisa do Corinthians. Ela também tira a figura do líder do elenco, principalmente após jogadores experientes deixarem o Parque São Jorge ao fim da temporada passada. Dentro do elenco, quem poderia exercer esse papel após a despedida do goleiro, que ficou 12 anos no clube?

Em 2023, o clube fez uma reformulação no grupo, e atletas experientes e identificados saíram, todos em fim de contrato. Renato Augusto assinou com o Fluminense; Gil foi para o Santos; e Fábio Santos pendurou as chuteiras.

Sem esses medalhões, Cássio assumia a bronca praticamente sozinho em 2024. Paulinho, que voltou a jogar recentemente após grave lesão no joelho, é um dos mais ativos no vestiário, pedindo a palavra antes dos jogos. Já Fagner é visto como uma liderança técnica. Dois que conhecem bem como é o clube.

O próprio Cássio “indicou”, em entrevista coletiva que marcou a sua despedida do Timão, no último sábado, que jogadores recém-contratados podem assumir a função.

“Acho que o Raniele, o Gustavo Henrique, o Félix são caras que podem mostrar isso. Porém, os poucos jogadores mais velhos que ficaram vão ter que se posicionar também, será necessário”, disse o goleiro.

Cássio virou a voz do Timão
Cássio chegou em 2012 ao clube e ficou marcado por grandes defesas e títulos, como a Libertadores, o Mundial e dois Brasileiros. Dessa maneira, com o tempo de casa, passou a ser a voz do grupo, dando explicações ao torcedor, colocando “a cara a tapa”.

Internamente, também era o goleiro que tinha diálogo com as diretorias que passaram pelo Corinthians durante o período em que esteve no Parque São Jorge, comprava brigas do elenco e era o elo com os novos reforços, ajudando na adaptação ao cotidiano do clube.

“Aprendi muito com um grupo que tinha muitos líderes em 2012, eu era um menino e aprendi muito com eles. Tinha Alessandro, Paulo André, entre outros. Acho que liderança não é só se posicionar, é de treinamento, por exemplo o Gil, não falava muito, mas não conheço ninguém que treina mais que ele, então liderança não é só o cara que fala, mas é o cara que demonstra, que se coloca para ajudar em situações de dificuldade e não se exime de situações assim”, explicou.

Agora, resta saber quem fará o papel de Cássio fora de campo.

(Jogada10)