“Já sei porque vocês estão aqui, é por causa do Gol”. Essas foram as palavras ditas por Gabriela Pereira de Arruda Siqueira, de 20 anos, quando a Polícia Civil foi até sua casa para questioná-la sobre o desaparecimento do professor de matemática, Celso Odinir Gomes, morto aos 60 anos, no dia 3 de maio. Isso porque a jovem estava circulando pelas ruas de Cuiabá com o veículo do desaparecido. Junto com os autores do crime, ela foi curtir em bares, chácara e tabacaria.

Celso foi assassinado por um adolescente, namorado de Gabriela, no mesmo dia em que desapareceu, quando ia para sua chácara em Santo Antônio de Leveger (33 km de Cuiabá). A jovem chegou a ser detida pelo crime, mas foi liberada depois de prestar esclarecimentos, já que as autoridades não encontraram elementos comprobatórios de sua participação no homicídio. Contudo, ela foi indiciada pela Polícia Civil por associação criminosa.

Depois que o adolescente matou o professor, ele pegou o carro e levou até a namorada e aos amigos, que estavam reunidos em um bar.

Com o Gol, eles rodaram o final de semana inteiro. Foram a bares, chácara, rio e a uma tabacaria. Na gandaia, eles chegaram a bater o veículo de Celso. Foi Gabriela quem ajudou o namorado a atrapalhar as investigações e espalhou objetos pessoais de Celso pelo bairro Jardim Imperial.

Depois da festança, eles se assustaram com a repercussão do caso e abandonaram o veículo nos fundos do bairro Santa Terezinha, que foi encontrado pela Polícia Militar na manhã do dia 7 de maio.

Inclusive, pertences de Gabriela e do filho, de apenas 3 anos, como sapatos e roupas, foram encontrados no interior do veículo, pois ela passeou com a criança no período em que ficou de posse do automóvel.

Através de uma denúncia anônima, os policiais conseguiram chegar até ela e, consequentemente, ao namorado – autor do crime. A jovem colaborou com a apuração e apontou outros dois nomes como participes, um maior de idade e o outro menor.

Foi o rapaz de 18 anos quem dedurou à polícia o que os menores haviam feito. Assim como a amiga, ele deve ser indiciado por associação criminosa.

(HNT)