O delegado Roberto Amorim, que chefiou as investigações do desaparecimento do professor Celso Odinir Gomes, afirmou que o professor e o menor de idade que o matou estiveram numa conveniência momentos antes do crime. Celso teria comprado uma cerveja ao adolescente na ocasião.
“O professor e ele passaram na conveniência, comprou cerveja e deu para ele. Mas só os dois”, contou o delegado do Núcleo de Pessoas Desaparecidas da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nesta terça-feira (14).
De acordo com Amorim, a narrativa feita pelo menor é a versão mais aceita pelas autoridades. Em depoimento, ele contou que o professor tentou aliciá-lo e então ele o matou com um mata-leão.
Em seguida, chamou um amigo, também adolescente, para ajudá-lo a desovar o corpo em uma região de mata atrás do bairro Parque Atalaia, em Cuiabá, perto da Lagoa Trevisan.
“A história do menor é a mais correta. Ele foi lá, o professor tentou aliciar e ele matou. Chamou o colega para ajudar a desovar o corpo”, disse o delegado Roberto Amorim.
Os menores afirmaram à Polícia que pegaram um galão com combustível para queimar os restos mortais de Celso. Contudo, ainda não ficou comprovado se o o corpo foi queimado. As autoridades dependem do laudo de necropsia feito pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que será concluído em até 30 dias.
“Tudo leva a crer que Celso foi carbonizado, mas só a perícia que vai comprovar”, pontuou Amorim.
O comparsa do menor que matou o professor afirma que não teve participação no homicídio ou ocultação de cadáver. Às autoridades, ele disse que só ficou vigiando o carro enquanto o amigo escondia os restos mortais na mata.
RELEMBRE O CASO
O professor de matemática Celso Odinir Gomes, de 60 anos, desapareceu na sexta-feira, 3 de maio, quando estava a caminho de sua chácara em Santo Antônio de Leverger (33 km de Cuiabá). Uma semana depois, o corpo foi encontrado nu e em avançado estado de decomposição em um matagal afastado da cidade, aos fundos do bairro Parque Atalaia, perto da Lagoa Trevisan.
Quatro pessoas foram detidas, sendo dois maiores de idade e dois menores. Os maiores foram liberados no mesmo dia depois que a polícia não encontrou indícios de que eles participaram do crime. No entanto, os adolescentes permanecem apreendidos.
(HNT)