A juíza Paula Tathiana Ribeiro, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá), recebeu denúncia contra a fazendeira Inês Gemilaki, o filho dela, o médico Bruno Gemilaki, e o cunhado de Inês, Eder Gonçalves. Os três são acusados dos homicídios de Pilso Pereira da Cruz e Rui Luiz Bogo e das tentativas de homicídio contra Enerci Lavall, o ‘Polaco’, e o padre José Roberto Domingos.

O crime aconteceu na cidade de Peixoto de Azevedo no dia 21 de abril. Inês e Bruno invadiram a casa de Enerci, o ‘Polaco’, e atiraram contra as vítimas. Várias pessoas estavam na casa participando de uma confraternização. Enquanto Inês e Bruno executavam o crime, Eder ficou do lado de fora dando suporte à dupla.

O alvo do ataque era Enerci devido a desentendimentos entre ele e Inês, antiga locatária da casa onde o crime aconteceu. Enerci e a esposa, Raquel Soares, chegaram a processar Inês pelas avarias deixadas no imóvel e por uma dívida de aluguel. O valor total cobrado ultrapassava R$ 59 mil.

A Justiça acabou dando razão aos Gemilaki, mas a animosidade entre as famílias teria continuado. Uma das pessoas que esteve com Inês antes do crime relatou que ela recebeu uma ligação suspeita logo antes de partir para a casa de Lavall.

Ela, Eder e Bruno estão presos preventivamente. O companheiro de Inês e irmão de Eder, Márcio Ferreira Gonçalves, também chegou a ser preso, mas foi solto porque ficou comprovado que não houve participação dele na empreitada. O Ministério Público também considerou impossível denunciá-lo por ter ajudado na fuga do trio, já que se tratam de parentes de Márcio.

Os réus terão 10 dias para apresentar resposta à acusação.

(HNT)