Por volta das 6h30 (de Brasília) desta quinta-feira, o Flamengo desembarcou no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. A derrota para o Palestino no Chile fez alguns torcedores amanhecerem no aeroporto para protestar. Houve uma segurança reforçada e a presença de viaturas da Polícia Militar.
Forma cerca de 10 torcedores presentes que, antes mesmo da delegação chegar, já faziam reclamações a respeito do time. Pedro foi um dos alvos e foi chamado de fominha. Perto das 7h, os jogadores saíram pelo saguão e os protestos agora foram direcionados. O técnico Tite deixou o aeroporto por outra saída.
– 13 dias do salário desses caras é um ano do Palestino – gritou um dos torcedores.
Quem se salvou das críticas foi De la Cruz. O uruguaio foi praticamente o único a receber comentários positivos vindo dos torcedores. O sistema defensivo foi alvo de muitas reclamações.
– Nem Noé carregou tanto animal quanto o De la Cruz – gritou um torcedor.
Nenhum jogador parou para falar com a imprensa ou com os torcedores. Bruno Henrique, porém, foi o único que parou para ouvir os protestos. O camisa 27 ficou perto dos torcedores e ouviu as reclamações. Algumas críticas direcionadas ao técnico Tite por conta das escalações.
– Não estou peitando não. Nós vamos melhorar. – respondeu Bruno Henrique rapidamente.
O Rubro-Negro é o terceiro colocado do Grupo E com apenas quatro pontos: uma vitória, um empate e duas derrotas. Por enquanto, está fora da zona de classificação às oitavas e decidirá a vaga nos jogos contra Bolívar, dia 15, e Millionarios, dia 28, ambos no Maracanã. (ge)
Confiança caiu, admite Tite
– Tem uma palavrinha que é muito importante no futebol, e o resultado te permite isso, que é gerador de confiança. O nível em que nós estávamos em determinado momento caiu porque também caiu a confiança. Tem o cunho tático para ajustar, o individual, o técnico e físico. É sempre um contexto todo. Esse aspecto de confiança te faz fluir com as coisas, e nós temos que resgatar.
É só falta de confiança ou há algum problema tático?
– É o conjunto da obra, sim. Eu coloquei algum detalhe quando tem uma pergunta, eu trago algum detalhe, mas é o conjunto da obra, inclusive a parte tática.
Como pretende administrar a questão do tempo, ainda mais com o jogo do Bolívar batendo à porta?
– É um momento difícil que nós estamos passando, nós temos consciência disso. Temos consciência da necessidade do resultado também. O que tem no futebol às vezes é um espaço muito curto entre um jogo e o outro para recuperar. Da mesma forma que em vitórias não há tempo suficiente para ficar feliz, a bola também dá oportunidade para reverter o processo a partir do próximo jogo.
Como se assume essa situação?
– Se assume primeiro com o técnico, porque é dele a responsabilidade maior. Mas se divide com o grupo todo de trabalho, mas é o técnico o primeiro. O momento, o trabalho, a parte tática, equilibrar todas essas situações físicas competem ao técnico. Ela é da individualidade, sim, dos atletas, mas é primeiro do técnico.
Zagueiros na frente na reta final do jogo
– Deixa um zagueiro que é um homem de finalização na frente. Era o Fabrício ter essa liberdade para ter mais um pivô, mais um jogador de área. (GE)