Cuiabá destaca-se como a capital com a menor desigualdade no Centro-Oeste e ocupa o terceiro lugar no país com o menor percentual de pobreza. Entretanto, apresenta indicadores preocupantes relativos ao homicídio juvenil, à taxa de feminicídio, à violência contra a população LGBTQI+ e à gravidez na adolescência. A informação consta de um estudo que avalia 40 indicadores sociais, desenvolvido com base no Mapa da Desigualdade entre as Capitais Brasileiras, uma iniciativa do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), divulgado nesta terça-feira (26.03).

A capital mato-grossense encontra-se na terceira posição no índice que avalia a proporção de pessoas com rendimento domiciliar per capita real inferior a US$1,9 por dia, com um percentual de 2,728%. As lideranças ficam com Florianópolis, com 1,1%, e Curitiba, com 2,3%.

Em Cuiabá, 69,013% das famílias estão inscritas no Cadastro Único para programas sociais, colocando a capital na 25ª posição neste indicador. A capital mato-grossense alcança a 7ª posição no ranking geral do Mapa das Desigualdades entre as Capitais Brasileiras, com uma pontuação de 583 pontos, estando apenas a poucos pontos de distância de Belo Horizonte, a terceira colocada, que possui 615 pontos.

De acordo com a pesquisa, o desempenho final de cada capital resulta da soma dos pontos adquiridos em todos os indicadores avaliados. Assim, a pontuação total reflete o desempenho geral da capital frente ao conjunto dos indicadores analisados.

Cuiabá se destaca igualmente no quesito acesso à internet em escolas do ensino fundamental, alcançando a primeira posição, bem como na avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) para os anos iniciais, onde ocupa a sétima posição.

Contudo, a cidade apresenta posições preocupantes em outros indicadores: ocupa a segunda e terceira posições em taxa de homicídio juvenil e taxa de homicídio geral, respectivamente, por 100 mil habitantes. Além disso, no que diz respeito à gravidez na adolescência entre negros e não negros, Cuiabá é classificada em segundo lugar.

A capital mato-grossense ocupa a primeira posição no indicador de doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado por 100 mil habitantes e alcança a quinta posição na avaliação da população com acesso ao serviço de água. Quanto ao esgotamento sanitário, encontra-se na décima terceira posição.

No que se refere ao indicador de domicílios em favelas, Cuiabá está na sétima posição, classificação que se repete no indicador de violência contra a população LGBTQI+, considerando a proporção por 100 mil habitantes.

Outro motivo de preocupação é o indicador de mortalidade por suicídio, no qual Cuiabá ocupa a nona posição, considerando cada 100 mil habitantes. A mesma posição é observada no indicador de taxa de feminicídio, calculado por 100 mil mulheres.

(VGN)