O juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, atendeu o pedido da defesa da empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo e determinou a restituição de seus bens apreendidos e retirada de sua tornozeleira eletrônica. Ela ficou um mês presa e estava em regime semiaberto devido à acusação de envolvimento na morte do advogado Roberto Zampieri.
Maria Angélica foi apontada como a possível mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri, em 5 de dezembro de 2023, em frente ao seu local de trabalho. No entanto, após as investigações, ela não foi indiciada pela Polícia Civil por falta de provas.
Em decisão de quinta-feira (22), o juiz Wladymir Perri, determinou que a tornozeleira eletrônica seja retirada de Maria Angélica imediatamente, pois as suspeitas iniciais contra a mulher não se comprovaram, não havendo sentindo em mantê-la com a liberdade limitada como uma das possíveis mandantes do crime.
“Desta forma, muito embora não se descarte a possibilidade do surgimento de novos elementos probatórios, fato é que não me parece razoável que a investigada permaneça com a sua liberdade restringida, enquanto aguarda que Poder Público obtenha elementos probatórios que possibilitem o seu indiciamento e eventual denunciação, permanecendo com diversos direitos tolhidos, além de estar submetida a utilização de tornozeleira eletrônica que inquestionavelmente possui um grande efeito estigmatizante aos portadores, ainda mais se tratando de uma mulher e empresária, que foi fortemente atacada pela opinião pública ao ser relacionada a um crime de grande clamor social e, o que sem sombra de dúvidas, já lhe causou danos irreversíveis a sua imagem”, diz a decisão.
Além disso, Perri decidiu que bens materiais apreendidos de Maria Angélica sejam devolvidos, pois, não foram encontradas provas entre eles. Um dos documentos a ser restituído é o passaporte da mulher, bem como seu celular e uma arma de fogo.
Caso Zampieri
Roberto Zampieri,56, foi assassinado na noite de 5 de dezembro de 2023 na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na capital. A vítima estava em uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo.
Recentemente, o juiz Wladymir Perri acatou o pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e tornou o trio Antônio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas réu pelo assassinato do advogado. Além disso, converteu as prisões temporárias para preventiva. (Gazeta Digital)