O secretário de Estado de Saúde (SES-MT), Gilberto Figueiredo (UB), admitiu o possível risco de aumento dos casos de contaminação com a covid-19 depois das festas de Carnaval por falta de vacinação. Segundo o gestor, apenas 8% dos mato-grossenses estão imunizados com as quatro doses do medicamento. Gilberto frisou que a doença não foi erradicada e a vacina está disponível nos 142 municípios do Estado, porém, a procura é limitada.
Ainda conforme o secretário, a quantidade de mortes motivadas pelo coronavírus subiu em janeiro deste ano, mas ainda é menor comparando com o mesmo período de 2023.
“A covid não foi extinta. Existe uma preocupação com o crescimento do número de óbitos, mas isso é inferior a janeiro do ano passado. As recomendações continuam as mesas, para evitar agloeração. A preocpação maior do governo está com a cobertura vacinal, cerca de 8% só estão com as quatro doses. A vacina está disponível em 142 municípios e a população ainda prefere correr risco”, disparou Gilberto Figueiredo ao Veja Bem MT, no Palácio Paiaguás, nesta quarta-feira (7).
Nesta quarta-feira, quando fechada a primeira semana de fevereiro, o Estado já contabilizou cinco mortes pela doença.
Gilberto criticou a postura da maioria por não buscar os postos de saúde para completar a carteira de vacinação e recomendou que durante as comemorações do Carnaval, as medidas de biossegurança sejam redobradas.
“Preocupação com o quê? Se a principal maneira de evitar o agravamento da doença é a vacina e população não está interessada. Então, fica difícil controlar. A minha recomendação é que adotem as medidas não farmacológicas e vá procurar um posto de vacinação para se proteger”, advertiu o secretário.
Figueiredo não acredita que a quantidade de casos irá “explodir” a exemplo do episódio pandêmico 2020. Mas disse que é importante que os grupos de risco, como os idosos, fiquem longe de aglomerações para que a procura por leitos de UTI não cresçam acima da oferta de vagas dos hospitais.
“Eu não diria explosão, mas, com certeza absoluta, haverá um aumento de casos, pois é uma doença que passa de pessoa para pessoa e quanto mais aglomerados sem as devidas proteções, com certeza, vai ter um número de pessoas infectadas. Espero que essas não sejam vitimadas em estado grave, já que as que não estão protegidas, principalmente, no grupo de risco, estão mais vulneráveis a necessitarem de um leito. Por isso, é preciso ter prudência nesse período de festa e aqueles que estão no grupos de risco têm que se precaver mais”, observou Gilberto Figueiredo.
BOTELHO CONTRAPÕE
O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (UB), contrapôs o posicionamento do secretário. Testado positivo na última semana, o deputado estadual acredita que o mais indicado seja que os prefeitos de municípios que comprovarem elevação de casos da doença suspendam a programação de Carnaval.
“O secretário diz que não tem nada a falar. Mas existe alguns municípios que têm apresentado um número grande. Então, que os prefeitos analisem se não é cabível que passando o Carnaval tenha um monte de gente doente. Aconselho que os prefeitos façam uma análise”, opinou o parlamentar a imprensa nos corredores da AL nesta quarta.
(HNT)