Com duas propriedades em Mato Grosso e outras duas na Bolívia, o Grupo Mônica vem sendo reconhecido internacionalmente pelo melhoramento genético do Nelore, principal raça do rebanho brasileiro. O procedimento consiste no cruzamento de animais previamente selecionados para obter bezerros geneticamente melhorados, com maior porte, melhor produção de leite e maior fertilidade, por exemplo. Sob a liderança da pecuarista Mônica Marchett, o resultado é um rebanho mais novo para o abate, com carne mais saborosa e sustentabilidade nas propriedades.
Quem explica a parte de sustentabilidade é o diretor do Grupo Mônica, o engenheiro florestal, Edson Mendes.
“A cadeia de produção resulta na preservação do meio ambiente de forma muito simples, num efeito cascata. Um bovino melhorado geneticamente pode ser abatido mais cedo e produz mais carne. Logo, podemos utilizar menos pasto para produzir mais carne, ou seja, menos desmatamento nas propriedades. Esses espaços passam a ter um clima melhor, mais fresco, mais arborizado e com melhor qualidade do ar”, explica.
A aplicação da tecnologia, conforme explica Edson, também contribui para respeitar os limites de desmatamento fixados pelo Código Florestal Brasileiro, que estipula o percentual máximo para cada tipo de bioma existente no Brasil.
“É sempre importante destacar como a atividade sustentável garante melhor desempenho na produtividade. O modelo desempenhado pelo Grupo Mônica preserva a natureza, prima pelo bem-estar animal, alimenta o mundo e cuida de nossas florestas. É sustentabilidade do começo ao fim, para todos os envolvidos: seres humanos, animais e florestas”, ressalta.Unir a sustentabilidade à ciência, por meio do melhoramento genético, rendeu reconhecimento a Mônica Marchett no último mês. A revista Exame e o portal CNN Brasil publicaram matérias sobre seu desempenho à frente da atividade.
Pioneira em um mercado majoritariamente masculino, Mônica foi premiada como a maior liderança feminina no Nelore Fest 2023, no mês de dezembro. O evento é organizado pela Associação dos Criadores de Nelore Brasil (ACNB) e reconhece os pecuaristas que mais se destacaram ao longo do ano, além dos melhores exemplares do Nelore.
“O bem-estar animal é minha prioridade e trabalho duro para isso, é um trabalho complexo e de educação com todos que trabalham nas fazendas, para melhorar a maneira como tratar o animal, prezar pelo bom manejo, fazer mudanças benéficas nos currais, tanto é que um animal feliz é mais manso, eles não agridem uns aos outros e consequentemente eles não se machucam. Estamos sempre progredindo e o que mais me gratifica é saber que eles estão bem”, disse a pecuarista à reportagem da CNN Brasil.
O Nelore é a principal raça do rebanho brasileiro e representa cerca de 80% da produção nacional. Símbolo de imponência, o Nelore é considerado a expressão da força e do caráter da agropecuária brasileira.