A estudante de Psicologia da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), Ana Clara Benevides, de 23 anos, teve exaustão térmica causada pelo calor, segundo laudo de necropsia divulgado nesta terça-feira (26). A jovem morreu após passar mal no primeiro da show da cantora norte-americana Taylor Swift, no Rio de Janeiro (RJ). Na ocasião, a cidade enfrentava uma onda de calor extremo, com temperaturas acima dos 40ºC.
O show aconteceu no dia 17 de novembro, no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, para um público de aproximadamente 60 mil pessoas. A jovem teve uma parada cardiorrespiratória. Ela chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu. O caso foi de repercussão mundial e gerou grande comoção.
Conforme o G1-RJ, o perito concluiu que a jovem estava exposta ao calor difuso — ou seja, que havia calor extremo no ambiente; que a exposição foi indireta; que a fonte do calor foi o sol; que a evolução clínica aponta exaustão térmica com quadro de choque cardiovascular e comprometimento grave dos pulmões, evoluindo para morte súbita.
O documento diz ainda que a jovem morreu por hemorragia alveolar, ou seja, houve rompimento dos vasos sanguíneos que irrigam os pulmões, e congestão polivisceral, que significa a paralisação de vários órgãos por exposição difusa ao calor.
Fãs criticaram a organização do evento por impedir o acesso do público com garrafas d’água. A própria cantora chegou a pausar o show para pedir ajuda para os fãs após perceber que pessoas passavam mal na plateia.
A empresa Time For Fun (T4F), responsável pelo evento, reconheceu o erro, e chegou a pedir desculpas à família da jovem, que vive em Mato Grosso do Sul, estado natal da vítima.
Por meio de um vídeo compartilhado nas redes sociais, o CEO da T4F, Serafim Abreu, disse que poderiam ter tomado medidas que pudessem evitar a morte de Ana Clara Benevides, como criar locais de sombra nas áreas externas, alterar o horários dos shows inicialmente programados, enfatizar mais a permissão de ingressar com copos de água descartáveis.
(HNT)