O Santos, depois do rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, tenta adequar suas finanças para encarar a nova realidade. Um dos principais objetivos da nova diretoria, sob comando do presidente eleito Marcelo Teixeira, é reduzir os gastos com o futebol profissional.

A folha salarial do Santos, atualmente, passa dos R$ 11 milhões. A meta da nova gestão do clube é reduzir o valor da próxima temporada pela metade, para no máximo R$ 5 milhões. O número considerado ideal pelos dirigentes ainda é um pouco menor, mas, por enquanto, está muito longe de ser atingido.

Desde a queda para a Série B, o Santos não emprestou ou negociou nenhum jogador de seu elenco. Soteldo tem negociações avançadas com o Grêmio para jogar o Brasileirão no ano que vem, mas o acordo ainda não foi selado. Todos os outros atletas com altos salários continuam na equipe e precisarão ser negociados ou entrar numa readequação.

O volante Tomás Rincón, por exemplo, tinha contrato até o fim de 2024 e aceitou reduzir seus salários para permanecer no Santos.

A ideia da nova diretoria do clube é estipular R$ 350 mil como teto salarial para todos os jogadores do elenco. Muitos dos que já estão no Santos, porém, precisariam reduzir drasticamente seus vencimentos para permanecer. Por isso, é muito pouco provável que os atletas mais caros fiquem na Vila Belmiro em 2024. Marcos Leonardo, por exemplo, ganha mais de R$ 500 mil.

No mercado, em busca de reforços, o Santos tem dito a empresários que não vai pagar mais do que este teto em 2024. O Peixe tem negociações avançadas com o atacante Willian Bigode, livre depois de atuar pelo Athletico.

Para tentar se readequar e atingir as metas financeiras, o Santos buscará interessados em seus jogadores – seja para negociar empréstimos ou vendas. O clube também vai conversar com outros atletas que demonstrem interesse em permanecer para saber se eles topam as novas condições com o rebaixamento para a Série B. (GE)