Cerca de R$20 milhões em maquinários e utensílios ilícitos ambientais de extração ilegal de ouro foram destruídos pela Polícia Federal durante a Operação Mamon, realizada em conjunto com a Operação Ágata Fronteira Oeste II do Exército Brasileiro, na Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda, a 487 quilômetros a noroeste de Cuiabá.
A ação ocorreu entre os dias 13, 14 e 15 deste mês e teve como objetivo combater o garimpo ilegal na região, que é considerada uma das áreas com mais alertas para exploração ilegal do solo no Brasil.
Segundo a Polícia Federal, foram inutilizadas 17 pás carregadeiras e 17 motores de dragagem, além de terem sido localizadas diversas estruturas de madeira usadas pelos garimpeiros como bases. Na operação, aeronaves do Centro Integrado de Operações Aéreas de Mato Grosso (CIOPAer-MT) foram usadas para acompanhar e proteger as equipes que atuavam em solo.
Ainda de acordo com a polícia, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em propriedades rurais que fazem limite com a Terra indígena que podem ser usadas como base para os criminosos e acesso ilegal ao território indígena, tanto de pessoas quanto dos maquinários.
A Polícia Federal continua a investigação, agora para identificar os financiadores do garimpo ilegal e descapitalizar as organizações criminosas.
A Operação Mamon contou com a participação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e da Força Nacional.
Em setembro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) destruiu ao menos 16 escavadeiras hidráulicas e uma balsa de mergulho usadas em garimpos ilegais na Terra Indígena Sararé, em Conquista D’Oeste, a 571 km de Cuiabá.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, dois suspeitos foram presos no local. A terra indígena Sararé sofre pressão do garimpo ilegal há pelo menos 3 anos, informou a PRF.
No início do ano, uma operação da Polícia Federal desmontou garimpo ilegal na terra indígena Sararé, com objetivo de reprimir a atividade criminosa de extração ilegal de ouro e de usurpação de bens da União.
Na região da Terra Indígena, a Polícia Federal realizou várias fases da operação. A primeira foi em maio de 2020, quando policiais desocuparam um garimpo ilegal de ouro na região. Porém, após a saída das equipes, os garimpeiros invadiram o local novamente.
A segunda etapa foi deflagrada em março de 2021 e apreendeu instrumentos usados na exploração clandestina. A desocupação foi determinada pela Justiça de Cáceres, e foi realizada por 50 policiais federais e mais de 100 militares do Exército Brasileiro.