O senador Wellington Fagundes (PL) criticou a falta de ações para combater o incêndio que atinge o Pantanal mato-grossense desde o mês de setembro. Para o parlamentar, faltou planejamento dos governos Estadual e Federal para que a situação não chegasse ao ponto em que está, com a destruição de mais de 1 milhão de hectares, o triplo do registrado em 2022 inteiro.

“O necessário não foi feito. Foram feitos alguns paliativos, mas nós precisamos de um trabalho muito maior, inclusive de conscientização também porque lá nós temos os ribeirinhos, quilombolas, indígenas e temos que ter um cuidado específico para cada comunidade. Cuidar do Pantanal não é tarefa para um só, é uma tarefa para todos e quando eu falo todos são os órgãos federais, estaduais e municipais”, disse o senador à imprensa nessa quinta-feira (16).

O senador ressaltou a necessidade de um planejamento para os próximos anos e disse que a força-tarefa que ocorreu no último final de semana para tentar combater as chamas precisa ocorrer durante todo o ano para não ter que contar só com a “ajuda de Deus” se referindo a tão esperada chuva.

“Essa reunião que aconteceu agora, antes tarde do que nunca. O Governo Federal com o Governo do Estado se entenderam em uma ação que tem que ser, não só nesse momento, tem que ser durante o ano inteiro. Por isso, nós precisamos trabalhar muito intensamente agora para acabar com essas queimadas, contar com a ajuda de Deus também, mas planejar de forma mais definida e sustentável o que a gente pode fazer para os próximos anos”, explicou Wellington.

Na última terça-feira (14), na Comissão de Meio Ambiente (CMA), Wellington sugeriu a criação de uma Subcomissão do Pantanal, nos moldes do que foi feito em 2021, após o grande incêndio que atingiu o Pantanal mato-grossense e matou aproximadamente 17 milhões de animais.

O objetivo, segundo o senador é debater as ações a serem tomadas nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Wellington ainda lembrou desse momento e ressaltou as perdas para a fauna e flora.

“Há quatro anos, tivemos aí um desastre ambiental muito grande. Mais de 4 milhões de hectares em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul foram queimados, e com isso, uma perda para o nosso meio ambiente, a nossa fauna, nossa flora. Milhões de espécies foram praticamente dizimadas. As imagens que foram mostradas pelo Brasil e pelo mundo”, concluiu o senador.

(Rdnews)