O técnico da seleção brasileira, Fernando Diniz, lamentou a derrota para a Colômbia por 2 a 1, nesta quinta-feira em Barranquilla, a segunda consecutiva da equipe pelas Eliminatórias da Copa. Na quinta partida sob seu comando na classificatória para o Mundial de 2026, são duas vitórias, duas derrotas e um empate do técnico.
Para Diniz, a Seleção tentou controlar a partida, mas sofreu para marcar os colombianos na segunda etapa. Ele também citou as chances desperdiçadas pela equipe e disse confiar em recuperação contra a Argentina, na próxima terça-feira, às 21h30, no estádio do Maracanã.
Com expectativa de casa cheia, o treinador foi questionado se espera cobrança da torcida carioca.
– A gente tem que estar preparado para tudo. Mas a gente vai jogar na nossa casa, no Maracanã. O estádio deve estar cheio. E a gente vai fazer de tudo para entregar aquilo que o torcedor deseja. É isso que eu espero do jogo. Do lado de cá, vamos fazer tudo para corrigir aquilo que deu de errado, principalmente no sentido da marcação, e entregar um jogo ainda melhor no sentido ofensivo. Corrigir as falhas da gente nos sentidos defensivos – afirmou Diniz.
Ajustes e reflexão
Em coletiva de imprensa em duas etapas e com muita confusão – e até princípio de briga entre membros das duas confederações sul-americanas -, Diniz falou primeiro apenas para jornalistas colombianos, depois para os brasileiros.
– A gente não jogou em bloco baixo em nenhum momento. Poderíamos ter feito o segundo, o terceiro e não fizemos. Em alguns momentos, a gente teve que baixar o bloco, porque a Colômbia foi colocando jogadores de frente e precisava marcar ao menos o gol de empate. A gente tinha que ter baixado de uma maneira mais efetiva e evitar os cruzamentos. Marcar melhor em linha baixa para evitar os cruzamentos e os gols que a gente sofreu – disse o técnico.
Como costuma fazer em resultados negativos do Fluminense, Diniz fez reflexão sobre a fase da seleção brasileira. Ele citou as muitas mudanças desde a saída de Tite e o período curto de treinos para adaptações. No entanto, Diniz mostrou confiança em evolução.
– A equipe perdeu duas partidas e isso é muito ruim, mas eu acho que o tanto que o time mexeu, as mudanças que teve da Copa do Mundo para cá, com pouco de tempo apra treinar, eu acho que tem que levar em consideração isso e olhar para o lado positivo, das coisas positivas que teve hoje aqui. Então acho que as coisas para corrigir são mais fáceis de serem corrigidas do que aquelas que a gente precisava corrigir do Uruguai para cá – opinou o treinador.
O treinador foi perguntado sobre a atuação de Rodrygo e os motivos da substituição do jogador. No questionamento, destacou-se que o Brasil sofreu os dois gols depois de o jogador do Real Madrid deixar o campo.
– O Rodrygo estava fazendo uma boa partida. A gente tirou por achar que ele estava sentindo um pouco o calor, um pouco de cansaço. Estava perdendo um pouco de mobilidade. Tiramos por conta disso. E fazer uma análise de que tiramos o Rodrygo e tomamos os gols acho que é demais, né? Tomou dois gols de cruzamento, o que o Rodrygo poderia fazer nos dois gols que a gente tomou? Esse tipo de comentário de que você tira um jogador e não tem nada a ver com os gols da Colômbia. Eles já tinham tido outras chances, não tem a ver com a saída do Rodrygo – afirmou Fernando Diniz.
Diniz disse que “criar (chances) é sempre mais difícil do que a gente corrigir os aspectos defensivos”, mas ao mesmo tempo prometeu melhora contra a Argentina, na terça-feira
– A gente vai fazer de tudo para corrigir contra a Argentina. O time não tem garantia de que vai ganhar ou de que vai perder, falei isso quando ganhou o título da Libertadores. Olhar só o resultado não é uma coisa que me interessa muito, eu acho que a equipe vai evoluindo aos poucos e a tendência da evolução de você jogar bem, no caso de hoje corrigir os aspectos defensivos, é que os resultados comecem a aparecer e, quando aparecer, já será de maneira consistente.
Para a imprensa colombiana, Diniz admitiu que a equipe sentiu falta de Neymar e de Vini Jr, substituído ainda no primeiro tempo. Disse que a situação afetou a equipe, mas não deu desculpa para o placar.
– (A falta deles) É o mesmo que a Colômbia jogar sem o seu melhor jogador. Mas a gente não perdeu por conta disso. A gente fez o mais difícil, que era abrir o placar no primeiro tempo. Fizemos um ótimo início de jogo. Poderíamos ter controlado melhor a partida e ter ampliado o marcador quando a gente teve a chance – afirmou.
Foi a primeira vez na história das Eliminatórias que a Seleção perdeu duas vezes em sequência – o que deixa o Brasil apenas na quinta posição na tabela – com 7 pontos em cinco partidas.
A equipe volta a campo na próxima terça-feira contra a Argentina, no Maracanã, às 21h30 – o time de Messi perdeu em casa para o Uruguai (2 a 0). (GE)