Apesar das distâncias geográficas e diferenças culturais, o Brasil e a Índia têm interesses econômicos em comum e devem partilhar experiências e ampliar o comércio. De acordo com o deputado Beto Dois a Um (PSB), Mato Grosso avançou nessa missão e a comitiva liderada pelo governador Mauro Mendes (UB) garantiu não apenas estreitar laços culturais com o país, como também iniciar e ampliar parcerias na agropecuária. A comitiva em Nova Delhi, nesta terça (14.11) e participa da 42º Feira Internacional da Índia.
“Brasil e a Índia fazem parte do Brics e nós viemos com o objetivo claro de aproveitar os mecanismos de cooperação que já existem para mostrar as potencialidades de MT e também conhecer melhor esse importante parceiro comercial. Afinal, estamos falando de um país exuberante em riquezas, tanto naturais quanto humanas, e em ritmo avançado de desenvolvimento. Temos muito a aprender e também a muito a oferecer”, explicou o deputado.
A Índia figura na quinta posição na economia mundial e tem Produto Interno Bruto (PIB) de 3,25 trilhões de dólares, segundo os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Assim como o Brasil, é uma nação emergente em desenvolvimento, sendo um dos membros do grupo econômico dos Brics, integrado também por Brasil, Rússia, China e África do Sul.
Os principais desafios do país, que em abril de 2023 superou a China atingindo população de 1,425 bilhão de pessoas, estão em áreas sociais e econômicas. Isso porque quase metade da mão de obra está concentra no setor primário, na agricultura, com destaque para cana-de-açúcar, arroz, milho e frutas e hortaliças.
No entanto, o país vem apresentando crescimento industrial e a região de Bangalore concentra alta produção de tecnologia de ponta, conhecida como Vale do Silício indiano.
“Vimos que nossos produtos podem ser bem aceitos pela Índia, um país gigante e com uma população de consumidores para produtos do agro, tanto em relação à produção de grãos quanto na produção de proteína animal. Pois ainda que uma enorme parcela da população seja vegetariana, por razões religiosas, há uma outra parcela que consome carnes e pode recebem muito bem nossa produção. Além disso, acredito que o comércio bilateral vai possibilitar ainda o intercâmbio de tecnologia”, avalia Beto.