Faltam sete rodadas para acabar o Brasileirão, mais três jogos adiados, e esta reta final promete ser inesquecível. Dos três times em luta direta pelo título, o líder Botafogo enfrentará adversários com maior aproveitamento de pontos no returno quando considerada a condição de mando de cada partida. Em média, os adversários do Botafogo conquistaram 52% dos pontos disputados.
O Botafogo será mandante contra Grêmio (33% de aproveitamento quando visitante no returno), Santos (48%) e Cruzeiro (39%). E será visitante contra Vasco (72% de aproveitamento quando mandante), Bragantino (80%), Fortaleza (83%), Coritiba (17%) e Internacional (48%).
Curiosamente, e para potencializar todas as emoções envolvidas, o Palmeiras é o segundo time que enfretará adversários que até aqui neste segundo turno conquistaram o menor percentual de pontos. Em média, os adversários do Palmeiras ficaram com 39% dos pontos disputados no returno.
O Palmeiras receberá Athletico-PR (44% de aproveitamento quando visitante), Internacional (33%), América-MG (19%) e Fluminense (6%). E será visitante contra Flamengo (47%), Fortaleza (83%) e Cruzeiro (40%).
O caminho mais difícil
O São Paulo já conquistou a Copa do Brasil, já está garantido na Libertadores 2024, mas no Brasileirão ainda não está 100% garantido na Série A do ano que vem. Felizmente para sua torcida, uma vitória nos próximos sete jogos será suficiente.
É um projeto bem realizado pouco depender dos resultados finais porque a configuração do campeonato indica que o São Paulo vai enfrentar os adversários de maior grau de dificuldade entre todos os 20 times da Série A se considerado o aproveitamento médio de cada um no segundo turno em casa e fora.
O São Paulo fará três jogos em casa e quatro fora: receberá Bragantino (61% de aproveitamento quando visitante), Cuiabá (40%) e Flamengo (61%); e será visitante contra Fluminense (72% de aproveitamento quando mandante no segundo turno), Santos (60%), Bahia (72%) e Atlético-MG (71%).
Na luta pela permanência
Hoje, Goiás, Vasco, Cruzeiro, Santos e Bahia estão em luta direta para se afastar de duas vagas do horizonte de eventos do Z-4 que leva para a Série B porque apenas cinco pontos os separam na classificação.
Deles, o Goiás é mais mal colocado no momento, com 32 pontos, e também o que enfrentará os adversários de maior dificuldade, que conquistaram em média 51% dos pontos. Depois dele, o Vasco completa o Z-4, com 34 pontos, e terá pela frente adversários com 48% de aproveitamento de pontos.
Bahia, Cruzeiro e Santos estão com 37 pontos, três a mais que o Vasco. Deles, o Bahia é que terá adverários em tese mais difíceis, com aproveitamento de 48% dos pontos. Os adversários do Cruzeiro têm aproveitamento de 40%, e o Santos é que terá pela frente adversários que conquistaram o menor percentual de pontos: 30%.
Desempenho pelos níveis de ameaça
Na luta pelo título, o Palmeiras se destaca quando os desempenhos ofensivos e defensivos são analisados pela métrica de xG, que dá pesos diferentes para cada finalização feita ou sofrida de acordo com suas caracterísiticas, como distância entre a bola e o gol, ângulo entre eles, número de adversários à frente da bola, se a jogada é aérea ou rasteira, se é um contra-ataque, entre outras características.
Por esse conceito, como mostra o gráfico abaixo, o Palmeiras se destaca porque cria alto nível de ameaça no ataque (e por isso aparece em um ponto alto), assim como o Bragantino, que cria ainda mais, com a vantagem de permitir aos adversários a criação de pouco nível de ameaça, e por isso o Palmeiras está muito mais à esquerda do que o Bragantino. O Athetico-PR é o time que menos permite a adversários criar ameaças.
Já o Botafogo está bem ali no meio, quase com o campeonato todo orbitando a seu redor. criando e sofrendo um nível médio de ameaças.
No gráfico abaixo, quem aparece mais à direita tem sua defesa mais ameaçada, como o Coritiba, e quando mais abaixo, menos seu ataque está criando ameaças, como ocorre com o Cruzeiro.
*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Gabriel Leonan, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Valmir Storti e Victor Gama. (GE)