A Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira (26) a Operação Three Millions, que cumpre mandados contra policiais civis e militares que são investigados por invadir a chácara do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva, em fevereiro deste ano, em Várzea Grande. Eles buscavam R$ 3 milhões que estariam escondidos no local.

Na época, Célio estava preso acusado de desviar dinheiro da Empresa Cuiabana de Saúde Pública.

Conforme as investigações, os policiais invadiram a chácara logo no início da manhã do dia 17 de fevereiro. O caseiro relatou que eles se identificaram como policiais civis e militares, mas não apresentaram nenhum mandado.

Nesta sexta, a Corregedoria-Geral cumpriu mandados de busca e apreensão domiciliar, afastamento da função pública e proibição de porte de arma, contra quatro policiais civis e três policiais militares. O grupo é investigado por roubo majorado, associação criminosa e fraude processual.

Na ocasião, os policiais civis e militares investigados detinham a informação sobre o possível esconderijo do dinheiro e se arquitetaram para efetivar a subtração valor, no sentido de obter vantagem indevida.

Conforme publicado pelo RepórterMT na época, o caseiro contou que os homens questionavam se haviam drogas e armas na chácara. Um deles ainda se apresentou como delegado e não deixou a vítima ligar para seus patrões.

Os bandidos ficaram na propriedade por mais de duas horas e reviraram a casa inteira. Vasculharam até mesmo o teto, fazendo um buraco no forro, procurando os R$ 3 milhões. Ao fim da ação, levaram o DVR e as câmeras de segurança da residência, para tentar evitar a identificação.

No dia 22 de fevereiro, a esposa do ex-secretário procurou a Corregedoria da Polícia Civil e denunciou o caso. Segundo ela, duas viaturas da Polícia Civil e uma da Polícia Militar, chegaram na propriedade, sem mandado, e questionaram o caseiro sobre dinheiro e drogas no local.

Eles ficaram no local por cerca de duas horas e reviraram diversos cômodos. Ainda segundo ela, o caseiro chegou a ser levado para um matagal, onde foi pressionado a passar informações. (Repórter MT)