A senadora Margareth Buzetti (PSD) tratou de aumentar ainda mais a tensão na relação com o seu “aliado” e titular da cadeira à qual ela ocupa no Senado, o ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro (PSD). Isso porque reforçou que não tem o compromisso de ceder espaço ao 2º suplente e disse que isso só ocorrerá no momento “oportuno”, ou seja, quando quiser.

Na semana passada, Fávaro destacou ao Rdnews, que acordos devem ser cumpridos, cobrando que Margareth não esqueça o suplente, José Lacerda (PSD). Ele quer o 2º suplente assuma antes de 2026, frustrando a posição de Buzetti, que projeta conceder abertura somente nno fim de mandato.

A prática conhecida como rodízio, fortalece a unidade partidária. Já Margareth lembra que não há amparo na lei para a medida e resiste em ceder a cadeira no Senado para Lacerda.

“Desde a semana passada a imprensa de Cuiabá foi inundada com notícias dizendo que eu não cumpri acordo de fazer rodízio da vaga de suplente. E não tem nada disso! O que conversamos foi que, em algum momento oportuno, eu poderia me licenciar e aí sim passaria a vaga para o segundo suplente”, alegou Margareth, em postagem nas redes sociais.

Para endossar sua posição de “intransigência”, a senadora usou argumentos do advogado eleitoral, especialista em direito eleitoral, Rodrigo Cyrineu, que não existe no rodízio de suplentes no Senado. Ele concedeu entrevista à Rádio CBN Cuiabá, nesta quarta-feira (25).

No atual cenário político de Mato Grosso, embora “aliada” de Fávaro, Buzetti vota contra o Governo Federal e caminha com o governador Mauro Mendes (UB), ex-aliado do ministro, tensionando ainda mais corda.

Além disso, é nítido que a “conversão” de Buzetti, do PP ao PSD, foi apenas para garantir que pudesse assumir a cadeira. Ela havia encampado campanha do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), que saiu derrotado no ano passado, enquanto Fávaro levantou palanque para Lula (PT).

(Rdnews)