Fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) encontraram alterações no córrego Escondidinho durante fiscalização rotineira levantando o questionamento sobre possível poluição do corpo hídrico.
Moradores da região também notaram manchas esbranquiçadas no solo e odor pungente e desagradável e por isso registraram imagens dessas mudanças e encaminharam para a Prefeitura de Rondonópolis como forma de denúncia.
A equipe da Semma coletou amostras da água em três pontos diferentes do córrego e enviou para laboratório de análise. Assim como os colaboradores do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear) colheu pequenas porções para serem avaliadas pela engenheira química da autarquia.
Os resultados das análises físico-químicas comprovam alteração na qualidade da água com presença sulfeto total e fósforo total fora dos padrões estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Outro pronto comprovado pelo material coletado é o nível elevado de DQO, quando há consumo de muito oxigênio no processo de degradação comprometendo diretamente a vida aquática.
A empresa produtora de biocombustível investigada foi autuada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso em 2021 e foi notificada em agosto deste ano pela Semma por estar em desacordo com a licença ambiental obtida aplicando multa de R$ 400 mil, porém a empresa recorreu e o processo ainda não foi finalizado.
Na última sexta-feira (6) moradores próximos da empresa registraram nova denúncia de despejo irregular sendo realizado durante a madrugada. Assim, a Semma realizou novamente coleta de material na região do Jardim Tancredo Neves, Pedra 90, Rosa Bororo e Parque Escondidinho para enviar a um terceiro laboratório e obter mais um laudo de análise.
(AgoraMT)