O pai acusado de estuprar a própria filha de oito anos foi novamente preso neste domingo (1º), em Peixoto de Azevedo. O crime ocorreu quando a criança passou as férias na casa do suspeitos em uma fazenda.
Um novo mandado de prisão foi requerido após a polícia descobrir que o suspeito estava coagindo testemunhas durante o curso das investigações.
O autor do crime foi preso anteriormente, na última quarta-feira. A primeira prisão foi decorrente de mandado de prisão foi decretado em agosto. No dia 28 de agosto, o investigado foi colocado em liberdade diante da revogação da prisão preventiva pelo juízo da comarca.
Contudo, diante de novas provas apresentadas pela Polícia Civil, demonstrando que o autor tem coagido testemunhas no curso da investigação, causando temor em quem deponha, foi decretada a prisão preventiva novamente.
O inquérito policial já soma mais de 150 páginas de evidências técnicas e testemunhais contra o investigado e será remetido à Justiça na próxima semana, com o pedido de depoimento especial da vítima.
A Polícia Civil reuniu, entre outras informações, relatório do Conselho Tutelar, ata da escola da criança apontando a mudança de comportamento, inclusive relatando que a vítima não queria entrar de férias.
Outro relatório apontou que a vítima apresenta baixo rendimento escolar, agressividade, cria enfermidades psicossomáticas e tem desconforto em certos locais. O laudo pericial de conjunção carnal da Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso confirmou o estupro.
O CRIME
Segundo a investigação, o pai deu um comprimido para que a criança dormisse e abusou sexualmente da filha. O fato ocorreu durante as férias escolares, entre 3 e 24 do mês de julho deste ano, quando a criança de oito anos foi levada pelo pai para uma fazenda, na zona rural do município, onde ele trabalhava como segurança.
A criança sofreu anteriormente outros abusos sexuais do pai, quando ele a buscava para passar alguns dias em sua companhia. Entretanto, o investigado a ameaçava para que ela não o denunciasse.
A investigação teve início a partir da denúncia da escola onde a menor frequenta. A menina apresentou mudança no comportamento, o que chamou atenção de uma professora, porque antes das férias escolares, a criança relatou que não queria entrar de férias, provavelmente porque passaria o período com o pai.
(HNT)