O desabafo do goleiro Walter após a derrota do Cuiabá para o Atlético-MG no último sábado seria apenas o início de uma sequência de eventos que tornariam a semana caótica e evidenciariam o momento de crise no clube.
Sem vencer há seis rodadas no Brasileirão, o Dourado viu a fase conturbada chegar nos bastidores. Dois dias depois da declaração do capitão auriverde, veio a notícia da liberação do meia uruguaio Nicolás Quagliata.
Conforme apurado pela reportagem do ge, o jogador de 24 anos, que pertence ao PAOK, da Grécia, estava descompromissado com a rotina do clube. Além do baixo rendimento em treinamentos e partidas, o atleta também atrapalhava a produtividade coletiva do grupo. Ele seguirá recebendo salário do Cuiabá.
Na quarta, o meia Pablo Ceppelini teve o contrato rescindido. De acordo com apuração, houve desentendimento entre diretoria e jogador. A cúpula auriverde não estaria satisfeita com o comportamento do atleta fora dos gramados. O ex-camisa 10 também havia ficado descontente por ter sido sacado do time titular pelo técnico António Oliveira.
Na mesma altura da temporada passada, o clube adotou postura semelhante e demitiu três jogadores: André, Alesson e Valdivia. À época, o vice-presidente Cristiano Dresch disse que o elenco precisava de atletas “com vontade de vencer” como justificativa pelas saídas.
O dirigente, inclusive, vai conceder entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira no CT do Dourado para explicar os desligamentos de Quagliata e Ceppelini.
Neste clima, o Cuiabá volta a campo para tentar espantar a má fase no sábado, contra o Fluminense. A partida será às 17h30 (de MT), na Arena Pantanal, pela 25ª rodada. O Auriverde é o 12º colocado do Brasileirão, com 29 pontos, a quatro do Bahia, primeiro time da zona de rebaixamento. (GE)