A questão da existência e dos propósitos da vida é uma das indagações mais profundas e antigas que a humanidade já enfrentou. Desde os primórdios da filosofia, os pensadores têm buscado compreender o sentido da existência humana e o propósito subjacente a essa jornada.

A existência humana é uma experiência singular. Somos seres conscientes, capazes de refletir sobre nós mesmos e sobre o mundo que nos cerca. E isso nos diferencia das outras formas de vida, tornando-nos capazes de questionar e buscar respostas para as questões fundamentais da existência.

Leia Também:
– Filosofia da mente

– Os pensadores da civilização V

– Há sentido na existência?

– Heidegger e Sartre

– Valer a pena…

– Admirar ou fanatizar?

– Dignidade humana

– Copa “sui generis”.

– Vida, sem sentido?

– Fatos fakes

– Não se deixe enganar!

– Ser feliz?

– Enxergar…

– PodBedelhar

– Conectados…

– A esperança de esperançar…

– Estado e Igreja 

– Direito à ironia

– Lutemos todos!

– Conhecimento em si

– Curupira, Pai do Mato, Caipora, cadê você?

– As flores estão alegres

– Felicidade pós liberdade

– A vida como ela é…

– Férias como reflexão

– O que te aprisiona?

– Viver melhor!

– O Kardec brasileiro

– Criminalidade

– De quem é a culpa?

– Liberdade como possibilidade

– Dia do rádio!

– No tempo dos sábios…

– Dualidade invisível

– Autonomia moral

– Existir e ser

– Paz e guerra

– A um passo da felicidade

– Os que lutam, a glória

– Humanos conceitos

– Os modelos mentais!

– Momentos de delírios…

– Política, moral e sanção

– Identidade social

– Toda honra, toda glória!

– Deus existe?

– Verdade? Não, fofoca

– Dignidade

– Fatos e ilusões!

– Súditos…

– Quem somos?

– Democracia e constitucionalismo

– Modernidade implacável

– Espinhos…

– Pensar e existir

– Verdade sobre si mesmo

– Corpos não mentem

– Fígado saudável, alma que suporta…

– Uma lógica, apenas!

– O mito da imparcialidade

– Versos e verdades

– Os Santificados…

– Mitos e verdades

– Direito e moral

– O real e o sonhado

– Verdade e consequência

– Ética e autenticidade

-Caráter e destino

– Sejas

-As cigarras!

-Se viver, verá!

-Mal, por misericórdia

-Intuição, valores

-Viver e melhor

-Qualquer pensamento, qualquer existência

-Um sonhador!!!

-Cuidado

-Eles Vivem?

-Paz e amor

-Consciência, de Chico

-Felicidade, a quem?

-Somos, missão e dever!

-Liberdade como pena

-Alegria, alegria…

-Do pensamento, felicidade!
-Sou por estar

-Liberdade sem asas

-Utopia para caminhar…

-Amar, de menos a mais
-Ouvir e calar
-Rir e chorar
-Somos e sermos…
-Violência circular
-Dever para com o povo
-A verdade que basta

 

No entanto, essa mesma consciência também nos torna vulneráveis à angústia existencial. À medida que refletimos sobre a nossa própria finitude, sobre a inevitabilidade da morte e sobre a aparente falta de um propósito intrínseco à vida, muitos de nós nos sentimos perdidos e desorientados.

Uma das respostas mais comuns à angústia existencial é a busca por significado. Muitos filósofos e pensadores argumentam que a vida só adquire um propósito quando atribuímos significado a ela. Isso implica que cada indivíduo tem a responsabilidade de criar seu próprio propósito na vida.

O existencialismo, corrente filosófica que surgiu no século XX, destaca essa ideia. Jean-Paul Sartre afirmou que o homem está “condenado à liberdade”, o que significa que é livre para escolher os próprios valores e objetivos na vida. No entanto, essa liberdade traz consigo a angústia da responsabilidade, pois não podemos culpar ninguém além de nós mesmos por nossas escolhas e ações.

A busca por significado na vida pode levar as pessoas a explorar seus interesses pessoais, talentos e paixões. A realização pessoal e a busca da felicidade são frequentemente consideradas como objetivos legítimos. Afinal, se a vida não tem um propósito intrínseco, encontrar alegria e satisfação em nossas ações e relacionamentos pode ser uma maneira valiosa de dar sentido à nossa existência.

Também, a conexão com os outros desempenha um papel significativo na busca por significado. Relacionamentos interpessoais, amor, amizade e cuidado mútuo podem fornecer um profundo senso de propósito. Muitos argumentam que a construção de relacionamentos significativos e a contribuição para o bem-estar dos outros são formas valiosas de dar sentido à vida.

Para alguns, a busca por significado na vida vai além do âmbito pessoal e se volta para o transcendental. A religião, por exemplo, oferece sistemas de crenças que afirmam a existência de um propósito divino na vida humana. Através da fé e da adesão a princípios religiosos, muitas pessoas encontram orientação e significado.

Além da religião, a filosofia também explorou a possibilidade de um significado transcendental. Para Kant, a busca pelo “bem supremo” – a realização da moralidade e da virtude – pode ser vista como uma busca por um propósito transcendental que transcende a existência terrena.

No entanto, é importante reconhecer que a busca por significado na vida não é isenta de desafios e críticas. Alguns argumentam que a ideia de um propósito transcendental é meramente uma projeção de desejos humanos e não tem base objetiva. Além disso, a existência de sofrimento e injustiça no mundo levanta questões sobre como reconciliar a busca por significado com a realidade da dor e do mal.

O que se deve evitar é que a busca pelo significado pessoal possa levar ao relativismo moral, onde cada pessoa decide seus próprios valores e propósitos sem considerar as consequências éticas de suas ações.

É por aí…

 

*GONÇALO ANTUNES DE BARROS NETO (Saíto)   é formado em Filosofia e Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT); é membro da Academia Mato-Grossense de Magistrados (AMA), da Academia de Direito Constitucional (MT), poeta, professor universitário e juiz de Direito na Comarca de CuiabáE é autor da página Bedelho Filosófico (Face, Insta e YouTube).

E-MAIL:                    antunesdebarros@hotmail.com   ou    podbedelhar@gmail.com

 — — — —

CONTATO:               bedelho.filosofico@gmail.com

 — — — —

FACEBOOK:             www.facebook.com/bedelho.filosofico