Famoso por suas polêmicas e considerado ‘expert’ no dom de tumultuar, o deputado mato-grossense Abilio Brunini (PL) foi expulso da reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, durante uma nova invertida do presidente Arthur Maia (União-BA). Na ocasião, o liberal teria novamente interrompido os trabalhos parlamentares durante a sessão desta terça-feira (26), que teve de ser suspensa.
A confusão ocorreu durante depoimento do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A presença do militar intensificou o embate entre base e oposição.
Na ocasião, Maia chegou a solicitar que a segurança da Câmara Federal efetuasse a retirada do deputado do local. Apesar disso, o deputado rebateu o presidente e se recusou a deixar a reunião por ser integrante do colegiado. “Não vou sair. Solicite (a retirada), eu não vou sair. Hoje estou como membro”, gritou Brunini.
Essa não é a primeira vez que Maia se irrita com a ‘falta de educação’ do mato-grossense. No 31 de agosto, Abilio ‘atacou’ de cinegrafista e passou a gravar os deputados antes do início do depoimento do ex-ministro do Gabinete Institucional de Segurança (GSI) Gonçalves Dias, quando foi ameaçado de expulsão pela primeira vez.
Desde o início dos trabalhos da CPMI, Abilio tem causado tumulto nas sessões, cujo resultado pode desgastar ainda mais o movimento bolsonarista, do qual o deputado é adepto. A postura de Abilio na CPMI do golpe já rendeu a ele, inclusive, representação no Conselho de Ética em decorrência de suposta fala transfóbica durante bate-boca com a deputada Érika Hilton, do Psol de São Paulo.
(HNT)