Com retração nominal de R$ 1,01, o indicador da cesta básica em Cuiabá apresentou, na segunda semana de setembro, leve recuo de 0,14% ante à semana anterior, passando a custar R$ 741,73 na média. Ainda assim, o valor atual, apurado pelo Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), está 6,21% superior ao verificado no mesmo período de 2022, quando valia R$ 698,33 na média.
Os dados levantados pelo IPF-MT mostram, ainda, que as maiores variações negativas de preços vieram do tomate (-4,18%), do leite (-2,23%) e do feijão (-1,70%). O superintendente da federação, Igor Cunha, destaca os consecutivos recuos observados em alimentos considerados de alto peso dentro da cesta.
“Esta já é a quinta queda consecutiva no preço do leite, junto a outros itens como o feijão e a batata, com duas quedas consecutivas, e o açúcar com a terceira queda seguida, itens que compõem a cesta e contribuem diretamente para a alimentação das famílias”, explica Cunha.
Para o leite, o valor médio atual é de R$ 6,93/l, o que não era observado desde a terceira semana de abril, o que pode estar ligado à diminuição de custos de produção e ao aumento da oferta do produto, associada à importação. Além disso, o preço atual está 13,70% menor em comparação ao mesmo período de 2022, quando custava R$ 8,03/l.
Com relação à queda no preço do feijão, o recuo pode ter relação ao aumento da oferta que favorece a diminuição de preços. Com valor médio atual de R$ 8,21/kg, o grão está 2,21% menor que o preço averiguado na mesma semana do ano passado, quando custava R$ 8,40/kg.
Igor Cunha também explica as recentes variações de preço na cesta básica em menor grau. “Mesmo que em percentuais menos expressivos, a segunda queda consecutiva da cesta básica é muito positiva para a dinâmica de consumo das famílias, porém, a cesta permanece com preço maior no comparativo com 2022, com altas chegando a variar entre 2,53% e 10,34%.”
O alimento que ajuda a explicar esse aumento é o tomate, que apesar de registrar recuo na semana, fazendo o item custar, na média, R$ 7,78/kg, o fruto está 48,58% mais caro que o observado no mesmo período do ano passado, quando chegou a valer R$ 5,24, o que ajuda a explicar o aumento anual da cesta básica na capital.