As eleições para o Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) estão em pleno vapor, mas não sem sua parcela de polêmicas e acusações de irregularidades. Enquanto a comunidade de enfermagem se prepara para escolher seus representantes para o triênio 2024-2026, os ânimos estão acirrados e as denúncias são abundantes.
A Chapa 3 “Reage Enfermagem”, coordenada e liderada pelo enfermeiro Tony José, está no centro das atenções, com acusações variadas. No entanto, a chapa defende sua inocência, afirmando que todas as acusações são infundadas e que já foi absolvida na 1º Instancia e 2º, e que segue trabalhando e apresentando o seu plano de trabalho a todos os profissionais, com muita tranquilidade.
Por outro lado, a Chapa 1, denominada “Juntos Podemos Mais”, enfrenta sérias alegações de irregularidades. Entre elas, a falta de apresentação de documentos obrigatórios e a distribuição de brindes aos profissionais, o que contraria as regras eleitorais do Conselho. O apoio declarado da atual gestão, liderada pela enfermeira Lígia Arfeli, está em destaque, levando a Chapa 1 a um risco iminente de desqualificação antes mesmo da votação. Além disso, acusações de falsas promessas, como a promessa de um Plano de Saúde exclusivo para os profissionais, também pairam sobre a Chapa 1.
Um ponto de grande controvérsia é a nomeação dos relatores responsáveis por julgar as denúncias antes de chegarem ao Conselho Federal. Alegações de falta de imparcialidade surgem, já que um membro da atual gestão e da Chapa 1 teria indicado os relatores de todas as denúncias, incluindo aquelas que poderiam prejudicar sua própria chapa, comprometendo a imparcialidade nas decisões.
É importante destacar que o Código Eleitoral do Conselho de Enfermagem também proíbe o oferecimento de vantagens pessoais em troca de votos, o que é considerado uma prática antiética.
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) assegura que os processos serão julgados com pleno direito de defesa, transparência e direito ao contraditório, garantindo o devido processo legal, de acordo com o Código Eleitoral dos Conselhos de Enfermagem.
Além disso, a Chapa 2, intitulada “Presença que Faz a Diferença”, enfrenta um recurso devido a uma possível falta de documentos obrigatórios, embora a própria chapa negue qualquer irregularidade.
Nos próximos dias, o Conselho Federal analisará também um recurso que aponta falhas na condução da Comissão Eleitoral do Coren-MT. Entre as alegações estão o descumprimento de prazos, decisões sem fundamentação legal e a homologação de decisões que são de competência exclusiva do Plenário do Coren-MT.Com as eleições programadas para 1º de outubro de 2023, realizadas exclusivamente pela internet, é fundamental que o processo eleitoral ocorra com transparência e integridade. “O Coren-MT reitera seu compromisso em conduzir o processo com lisura, competência e respeito a todos os candidatos e profissionais de enfermagem. Repudia veementemente as acusações de uso da máquina nas eleições e outras irregularidades, e afirma que tomará as medidas legais necessárias para responsabilizar aqueles que disseminam informações falsas sobre o Conselho”.
“Este processo eleitoral histórico para a enfermagem de Mato Grosso continuará sendo monitorado de perto à medida que se desenrola, com a esperança de que a integridade das eleições seja mantida e que os profissionais de enfermagem possam escolher seus representantes de forma justa e democrática”