Neymar foi o grande personagem da goleada do Brasil sobre a Bolívia, por 5 a 1, nesta sexta-feira (8/9), pela 1ª rodada das Eliminatórias. Ele chegou a cair na pilha dos rivais, levou um amarelo desnecessário e perdeu um pênalti de forma displicente. Mas deu ótimos passes, quase fez um gol antológico driblando quatro, mandou uma no travessão. E ainda fez dois gols, ultrapassando Pelé e se tornando o maior artilheiro da história da Seleção (79 a 77). Ney ainda deu passe para o gol de Raphinha. Os outros tentos foram de Rodrygo, mas com Abrego descontando.

Assim, Neymar fez a festa da torcida paraense, que compareceu em peso ao Mangueirão, em Belém, para ver a bela estreia brazuca na competição (43.138).

Com isso, nada de novo no front. Afinal, favorito, o Brasil aumenta para 35 jogos a sua invencibilidade em eliminatórias (não perde desde 2015).  E a Bolívia, mais uma vez muito fraca, segue sem conseguir vencer como visitante deasde 1993. Nesse ínterim, soma 56 derrotas e 9 empates. E fecha a rodada na lanterna.

Neymar perde pênalti

A Bolívia, como esperado, jogou na retranca, somente com Marcelo Moreno mais à frente. O Brasil tentava impor seu jogo, mas recebeu marcação cerrada, principalmente Neymar. Assim, o astro buscou o jogo e virou sempre o alvo dos passes dos companheiros. Mas era caçado, quase falta em todo lance. Alías, o que a Bolívia mais fazia era provocar os brasileiros.

Contudo, o Brasil assustava, usava chuveirinhos e  teve a chance de marcar aos 16,  quando Neymar achou Rodrygo na área e este cruzou. Jusino foi de carrinho para a marcação e  viu a bola tocar em seu braço. Pênalti que Neymar cobrou mal, fraco e quase no meio do gol, atrasando a bola para Vizcarra, que fez fácil defesa.

Brasil sai na frente

O erro do craque desnorteou um pouco o time e a situação parecia complicar quando Ney, depois de tanto apanhar, acertou Medina com o braço. Levou amarelo. Mas quando o nervosismo se instalava, veio o gol, aos 23. Bruno Guimarães achou Raphinha livre pela direita e ele chutou para defesa parcial de Vizcarra. Jusino cortou mal e deu a chance para Rodrygo se esticar e tocar para o gol. O Brasil se equilibrou e não fez mais gols por causa de Vizcarra. O goleiro fez milagre em cabeçada de Richarlison e evitou que Neymar fizesse um “gol Puskás”, depois de matar a marcação de quatro e chutar para o abafa do arqueiro que já defendeu o Vitória-BA.

Goleada no segundo tempo. Neymar brilha!

O gol de Raphinha aos dois minutos matou o jogo. Foi um chute mascado após receber de Neymar, que construiu a jogada, e limpar a marcação. Daí para a frente, era ampliar o placar. Richarlison, depois de receber na área e sair do zagueiro, quase da pequena área, isolou. Mas, aos sete, Rodrygo não perdoou: 3 a 0, após passe de Bruno Rodrigues. Poucos minutos depois, Neymar mandou uma boa, fazendo o quarto gol e celebrando ao estilo Pelé, o mito que Ney ultrapassou, tornando-se o maior goleador da história dos Canarinhos.

A Bolívia chegou a marcar com Abrego. Mas ainda deu tempo para Neymar fazer seu segundo gol no jogo. Ironia: frango de Vizcarra, que era o mehor jogador boliviano.

BRASIL 5X1 BOLÍVIA

1ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas
Data e horário:
 8/9/2023
Local: Mangueirão, Belém (PA)
Público: 43.138
Renda: R$ 10.887.550,00
BRASIL: Ederson; Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães (Ibañez, 39’/2ºT) e Renan Lodi (Caio Henrique, 24’/2ºT); Casemiro, Bruno Guimarães (Joelinton, 24’/2ºT) e Neymar; Raphinha, Rodrygo (Gabriel Jesus, 43’/2ºT) e Richarlison (Matheus Cuellar, 24’/2ºT). Técnico: Fernando Diniz
BOLÍVIA: ​​Vizcarra; Jairo Quinteros, Adrián Jusino e Marcelo Suárez; Bejarano (Cuellar, 10’/2ºT), Gabriel Villamil, Céspedes (Ursino, 10’/2ºT), Medina, Arrascaita (Cuellar, 25’/2ºT) e Roberto Fernández (Roca, 10’/2ºT); Marcelo Moreno (Abrego, 25’/2ºT). Técnico: Gustavo Costas
Gols: Rodrygo, 23’/1ºT (1-0); Raphinha, 2’/2ºT (2-0); Rodrygo, 7’/2ºT (3-0); Neymar, 15’/2ºT (4-0); Abrego, 32’/2ºT (4-1). Neymar, 47’/2ºT (5-1)
Árbitro: Juan Gabriel Benítez (PAR)
Assistentes: Eduardo Cardozo (PAR) e Milciades Saldivar (PAR)
VAR: Carlos Paul Benítez (PAR)
Cartões amarelos: Neymar (BRA); Marcelo Moreno, Ursino (BOL) (Jogada 10)